segunda-feira, 29 de junho de 2009

Baruch Lopes Leão de Laguna, pintor

Considerado um dos mais representativos retratistas holandeses dos finais do século XIX e da primeira metade do século XX, Baruch Lopes Leão de Laguna nasceu em Amsterdão, a 16 de Fevereiro de 1864, no seio de uma família sefardita portuguesa.

A sua vida começa tal como haveria de acabar – marcada pelos mesmos tons de tragédia. Aos dez anos perdeu os pais – Salomão Lopes de Leão Laguna e Sara Kroese – dando entrada no orfanato da comunidade de judeus portugueses de Amsterdão. Apoiado pelos professores da comunidade, ganhou o gosto pela pintura, estudando primeiro na Escola Quellinus e depois na Academia Nacional de Belas Artes da Holanda.

Para sobreviver, Leão Laguna trabalhou para o pintor Jacob Meijer de Haan – primeiro na pastelaria da família, no bairro judeu de Amsterdão, e posteriormente no atelier, como seu assistente.

Aos poucos, a pintura de Leão de Laguna foi ganhando fama e reconhecimento suficientes para lhe permitirem dedicar-se por completo à sua paixão. Em 1885 faz a sua primeira exposição na Associação Arti et Amicitiae, uma mostra bastante bem recebida pela crítica e pelos colegas. Por essa altura Baruch Lopes de Leão Laguna casa com Rose Asscher, filha de um lapidador de diamantes.

Durante os primeiros anos da ocupação nazi, Leão Laguna refugiou-se na região de Laren, no norte da Holanda. Terá sido nessa altura que pintou o auto-retrato que figura em cima. Auxiliado por uma família que o esconde numa quinta remota, Leão Laguna fica-lhes imensamente grato, oferecendo-lhes vários dos seus quadros (entre os quais este auto-retrato).

Eventualmente, Baruch Lopes de Leão Laguna é capturado pelos nazis e levado para o campo de extermínio de Auschwitz, onde é assassinado a 19 de Novembro de 1943, com 79 anos de idade.

Fonte: Rua da Judiaria

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Camille Pissarro, o primeiro pintor impressionista


Jacob Camille Pissarro (1830 — Paris, 13 de Novembro de 1903) foi um pintor francês, co-fundador do impressionismo, e o único que participou nas oito exposições do grupo (1874-1886).

Seu pai, Abraham Frederic Gabriel Pissarro, era português criptojudeu de Bragança, que, no final do século XVIII, quando ainda pequeno, emigrara com a sua família para Bordéus, onde na altura existia uma comunidade significativa de judeus portugueses refugiados da Inquisição. A mãe de Camille Pissarro era crioula e tinha o nome Rachel Manzano-Pomie.

Com o objectivo de descobrir novas formas de expressão, Pissarro foi um dos primeiros impressionistas a recorrer à técnica da divisão das cores através da utilização de manchas de cor isoladas – o seu quadro “The Garden of Les Mathurins at Pontoise” (1876) é um exemplo.

Em 1877 pintou “Les toits rouges, coin du village, effet d'hiver”. Durante os anos 80 juntou-se a uma nova geração de impressionistas, os “neo-impressionistas”, como Georges Seurat e Paul Signac, pintando em 1881 “Jeune fille à la baguette, paysanne assise” e experimentou com o pontilhismo.

Fonte: wikipedia

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pierre Mendes-France, político


Pierre Mendès France (1907—1982) foi um político francês. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, entre 18 de Junho de 1954 a 23 de Fevereiro de 1955.

Pierre Mendès France era descendente de uma família Judaico-Portuguesa ("Mendes de França") que se viu obrigada a sair de Portugal depois do Massacre de Lisboa de 1506.

Foi editado em disco um conjunto de entrevistas/depoimentos no qual se inclui "Du portugal a la france du xv au xvii siecle".

Fonte: wikipedia

Judeus em França

Milhares de judeus portugueses refugiram-se nos século XVI e XVII neste país, constituindo importantes comunidades em Bordéus, Baiona (Espanha, na fronteira com a França), San Juan de Luz, Biarritz, Bidart, Tartas, Lyon, La Rochelle, Marselha e Rouen.

Em Bordéus, esta comunidade possuia locais próprios de culto, cemitério, dominando o comércio, banca e construção naval. Era muito activa ainda no século XIX.

Ao longo dos séculos membros destas comunidades portuguesas tiveram grande notoriedade pública em multiplos domínios como: Jacob Camille Pizarro (1831 - 1903), pintor impressionista; Pierre Mendes-France (1907 - 1982), político, etc.

Fonte: Lusotopia

segunda-feira, 22 de junho de 2009

William Pereira, arquitecto

William Leonard Pereira (1909-1985) foi um famoso arquitecto norte-americano de ascendência portuguesa.

Um dos seus primeiros trabalhos, de colaboração com o irmão Hal Pereira (famoso director artístico nos Estúdios de Cinema Paramount), foi o famoso Esquire Theatre, na East Oak Street, em Chicago.

William juntou-se ao irmão em Los Angeles e um dos seus primeiros trabalhos foi a Motion Picture Country House em Woodland Hills, em 1942.

Nesse período, enquanto não se afirmava como arquitecto, William trabalhou também como director de arte na Paramount e ganhou o Oscar de efeitos especiais pelo seu trabalho em "Reap the Wild Wind" (1942).

A carreira cinematográfica de William Pereira foi breve, mas produziu ainda meia dúzia de filmes para a RKO, entre os quais Jane Eyre (1944), a primeira adaptação ao cinema do famoso romance de Charlotte Bronté, com Orson Wells e Joan Fontaine.

Foi sobretudo como arquitecto que William Pereira se consagrou e o seu traço futurista marcou a América dos 50-60.

Chegou a ter mais de 300 arquitectos trabalhando sob as suas ordens e assinou mais de 400 importantes projectos como o aeroporto de Los Angeles, os estúdios da CBS em Los Angeles ou a famosa Transamerica Piramide em San Francisco.

Fonte: Eurico Mendes, Portuguese Times / wikipedia

Pirâmide Transamerica



Lista de prédios da autoria de William Pereira

sexta-feira, 19 de junho de 2009

1001 edifícios a visitar antes de morrrer


Portugal está citado com 17 obras no livro "1001 Buildings you must see before you die", o que não é nada mau.

Representa 1,6 % do total e estamos à frente de países como Brasil, Bélgica, Canadá, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Croácia, Israel, República Checa, Egipto, Dinamarca, Indonésia, Cuba, Roménia, Perú, Polónia.

Eis as 17 obras arquitectónicas situadas em Portugal que devemos visitar antes de morrer (ordem aleatória):

01 - Casa da Música (2005) - Porto - Office For Metropolitan Architecture (Rem Koolhaas)
02 - Casa de Chá (1963) - Matosinhos - Siza Vieira
03 - Centro de Artes Visuais (2003) - Coimbra - João Mendes Ribeiro
04 - Estádio Municipal de Braga (2003) - Braga - Eduardo Souto de Moura
05 - Museu Marítimo de Ílhavo (2002) - Ílhavo - ARX Portugal
06 - Mosteiro dos Jerónimos (1552) - Lisboa - Diogo Boitac, João de Castilho, Diogo de Torralva
07 - Jardim de Infância João de Deus (1991) - Penafiel - Siza Vieira
08 - Piscinas de Leça (1966) - Matosinhos - Siza Vieira
09 - Sede do Metro (1914) - Lisboa - Manuel Norte Jr
10 - Estação do Oriente (1998) - Lisboa - Santiago Calatrava
11 - Palácio da Pena (1885) - Sintra - Baron von Eschwegw
12 - Garagem Passos Manuel (1938) - Porto - Mário de Abreu
13 - Pavilhão de Portugal (1998) - Lisboa - Siza Vieira
14 - Quinta da Malagueira (1977) - Évora - Siza Vieira
15 - Convento de Mafra (1730) - Mafra - Johann Friedrich Ludwig (Ludovice)
16 - Elevador de Santa Justa (1902) - Lisboa - Raul Mesnier de Ponsard
17 - Mosteiro da Batalha (1434) - Batalha - Master Huguet

Siza Vieira está citado em mais dois trabalhos, Museu da Fundação Ibere Camargo (2007) em Porto Alegre (Brasil), e em co-autoria (Peter Brinkert) no bloco de apartamentos Bonjour Tristesse (1983), em Berlim.

De ascendência portuguesa, William Leonard Pereira está citado como o arquitecto da pirâmide Transamerica (1972), ícone de São Francisco.

Fonte: Guedelhudos (ié-ié)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

“Na rota dos navegadores portugueses” – um ensaio fotográfico (1988) de Michael Teague


Michal Teague (1932-1999), jornalista e fotógrafo de origem britânica, ganhou, enquanto estudante, um prémio da Universidade de Oxford, oferecido pela Royal Asian Society (RAS). O tema obrigatório era “Ascensão e queda das actividades coloniais portuguesas a Oriente do Suez".

No decurso de uma viagem a Angola apaixonou-se pela arquitectura colonial portuguesa. Deixou-se encantar pela atmosfera peculiar das igrejas, fortes, do casario popular e dos grandes palácios.

Em todos eles descobriu uma mesma impressão digital, que reflectia uma cultura miscigenada de enorme harmonia, um casamento quase perfeito entre o estilo europeu e o africano.

Alguns anos mais tarde, sendo já um consagrado e experiente fotojornalista, sediado nos Estados Unidos, cruzou o mundo no rasto dos navegadores portugueses, recriando a lendária viagem de Vasco da Gama até à Índia.

Em cada porto, em cada baía, em cada foz de rio em cada cidade, sentiu a mesma maravilha, no Brasil, em Africa, no Golfo Pérsico, na Índia, Japão, China ou em Timor, pressentia o mesmo espírito que o tinha encantado na primeira viagem a Angola.

Michael Teague percorreu mais de 270 mil quilómetros, em trinta países diferentes, coleccionando muitos milhares de fotografias, num voo de pássaro sobre o vasto património cultural construído em quatro continentes entre os séculos XV e XVII.

Escreveu para várias publicações internacionais, sendo autor de um livro que inclui fotografias das suas viagens, intitulado “In the Wake of the Portuguese Navigators”.

Fontes: Gpeari / Lourdes Simões de Carvalho



Descrição da obra

Conjunto de 201 imagens, que constituem um ensaio fotográfico de Michael Teague. Viagem de reconstituição das "Rotas dos navegadores portugueses", de Lisboa ao Japão. Registo fotográfico, através do qual o autor capta a presença e vestígios portugueses em África, Brasil e Oriente

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo (África)

A eleição das “7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo ®” ambiciona divulgar, através de uma selecção representativa, o legado material da Expansão Portuguesa no Mundo.

A lista constituída por 27 obras, cobre o legado patrimonial de origem portuguesa dispersa pelo mundo. Ilustra cabalmente a sua extensão e dignidade — em muitos casos a carecer ainda, como penhor da sua integridade e salvaguarda, da honrosa classificação de Património Mundial UNESCO — bem como a relevância do contributo civilizacional de Portugal.

África

• Angola - Convento do Carmo de Luanda
• Cabo Verde - Cidade Velha de Santiago
• Etiópia - Gorgora Nova
• Gana - Fortaleza de São Jorge da Mina
• Marrocos - Fortaleza de Mazagão
• Marrocos - Fortaleza de Safi
• Moçambique - Ilha de Moçambique
• Quénia - Fortaleza de Jesus de Mombaça
• Tanzânia - Forte de Kilwa (Quiloa)

Angola - Convento do Carmo de Luanda



Cabo Verde - Cidade Velha de Santiago



Etiópia - Gorgora Nova



Gana - Fortaleza de São Jorge da Mina



Marrocos - Fortaleza de Mazagão



Marrocos - Fortaleza de Safi



Moçambique - Ilha de Moçambique



Quénia - Fortaleza de Jesus de Mombaça



Tanzânia - Forte de Kilwa (Quiloa)



História:

A matriz presença dos portugueses nos outros continentes variou muito (...) Assim, em muitos locais apenas foram edificadas pequenas feitorias, algumas vezes protegidas por fortalezas, que crescendo deram origem a cidades de maior ou menor dimensão.

Em Angola e em Moçambique, “inventámos” países, dado a atomização de pequenas tribos e reinos sempre em guerra. Assim se explica que tanto se encontrem grandes núcleos urbanos “à portuguesa”, como a cidade de Moçambique, na ilha homónima, ou apenas igrejas isoladas, como no meio da Etiópia, em Gorgora-Nova ou Danqaz, em Dacca, no Bangladesh, ou como fortalezas longe de tudo, das quais avulta a de São Jorge da Mina, no actual Gana.

Fontes: Areias quentes / 7 maravilhas

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo (América do Sul)

A eleição das “7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo ®” ambiciona divulgar, através de uma selecção representativa, o legado material da Expansão Portuguesa no Mundo.

A lista constituída por 27 obras, cobre o legado patrimonial de origem portuguesa dispersa pelo mundo. Ilustra cabalmente a sua extensão e dignidade — em muitos casos a carecer ainda, como penhor da sua integridade e salvaguarda, da honrosa classificação de Património Mundial UNESCO — bem como a relevância do contributo civilizacional de Portugal.

América do Sul

• Brasil - Santuário do Bom Jesus de Matosinhos
• Brasil - Mosteiro de S. Bento de Olinda
• Brasil - Igreja de S. Francisco de Assis da Penitência de Ouro Preto
• Brasil - Igreja de S. Francisco de Assis da Penitência do Recife
• Brasil - Mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro
• Brasil - Fortaleza Príncipe da Beira
• Brasil - Convento de S. Francisco e Ordem Terceira de Salvador da Baía
• Uruguai - Colónia do Sacramento

Brasil - Santuário do Bom Jesus de Matosinhos



Brasil - Mosteiro de S. Bento de Olinda



Brasil - Igreja de S. Francisco de Assis da Penitência de Ouro Preto



Brasil - Igreja de S. Francisco de Assis da Penitência do Recife



Brasil - Mosteiro de S. Bento do Rio de Janeiro



Brasil - Fortaleza Príncipe da Beira



Brasil - Convento de S. Francisco e Ordem Terceira de Salvador da Baía



Uruguai - Colónia do Sacramento




História:

A matriz presença dos portugueses nos outros continentes variou muito, e até à segunda metade do século XIX - exceptuando no Brasil e nas terras imediatamente envolventes da cidade de Goa - não houve uma efectiva ocupação de territórios.

No Brasil, como depois em Angola e em Moçambique, “inventámos” países, dado o grau de desenvolvimento dos tupinambás, no primeiro caso, que viviam num estádio próximo do Paleolítico, ou da atomização de pequenas tribos e reinos sempre em guerra, no segundo caso.

Assim se explica que tanto se encontrem grandes núcleos urbanos “à portuguesa”, como Salvador da Baía, Luanda, ou a cidade de Moçambique, na ilha homónima, como apenas igrejas isoladas ou fortalezas longe de tudo.

Não poderíamos deixar de fora a Colónia do Sacramento, no Uruguai, bem na foz do Rio da Prata, mais pelo seu significado histórico do que pela grandiosidade dos seus vestígios.

Fontes: Areias quentes / 7 maravilhas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo (Ásia)

A eleição das “7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo ®” ambiciona divulgar, através de uma selecção representativa, o legado material da Expansão Portuguesa no Mundo.

A lista constituída por 27 obras, cobre o legado patrimonial de origem portuguesa dispersa pelo mundo. Ilustra cabalmente a sua extensão e dignidade — em muitos casos a carecer ainda, como penhor da sua integridade e salvaguarda, da honrosa classificação de Património Mundial UNESCO — bem como a relevância do contributo civilizacional de Portugal.

Ásia

• Bahrain - Fortaleza de Qal’at al-Bahrain
• Macau - Igreja de S. Paulo
• Índia - Cidade de Baçaim
• Índia - Fortaleza de Damão Grande
• Índia - Fortaleza de Diu
• Índia - Igreja do Bom Jesus de Goa
• Índia - Sé Catedral de Goa
• Irão - Fortaleza de Ormuz
• Malásia - Centro Histórico de Malaca
• Oman - Fortificação de Mascate

Bahrain - Fortaleza de Qal’at al-Bahrain



Índia - Cidade de Baçaim



Índia - Sé Catedral de Goa



Índia - Igreja do Bom Jesus de Goa



Índia - Fortaleza de Diu



Índia - Fortaleza de Damão



Irão - Fortaleza de Ormuz



Macau - Igreja de S. Paulo



Malásia - Centro Histórico de Malaca



Oman - Fortificação de Mascate




História:

A Expansão Ultramarina dos portugueses, do século XV, com a descoberta das Ilhas Atlânticas próximas, até ao início do século XX, com o desbravamento dos sertões da África Austral, constituiu uma das grandes aventuras da Humanidade, e teve como principal resultado o conhecimento de terras e gentes que os europeus desconheciam até então e, em sentido inverso o conhecimento da nossa existência por asiáticos, africanos e americanos, pondo finalmente todos os povos do Globo em contacto uns com os outros.

Em muitos locais apenas foram edificadas pequenas feitorias, algumas vezes protegidas por fortalezas, que crescendo deram origem a cidades de maior ou menor dimensão. Na maioria dos casos estes estabelecimentos resultaram de acordos com os reis locais, sendo frequente o pagamento de uma renda, como aconteceu com a faustosa cidade de Cochim ou a cidade de Macau.

Outras vezes requeria-se apenas a autorização, a troco de apoio militar, mas houve casos, como Goa e Malaca, em que se recorreu à força das armas, para nos instalarmos.

Assim se explica que tanto se encontrem grandes núcleos urbanos “à portuguesa”, como como apenas igrejas isoladas, como no meio da Etiópia, em Gorgora-Nova ou Danqaz, em Dacca, no Bangladesh, ou como fortalezas longe de tudo, das quais avulta a de São Jorge da Mina, no actual Gana.

Igualmente são demasiadamente importantes as fortalezas e as cidades de Diu, Damão e Baçaim, na moderna Índia e Malaca.

Fontes: Areias quentes / 7 maravilhas

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os portugueses no Japão (Século XVI)



Em 1542-1543, os portugueses chegaram ao Japão, que até então era um país exótico e praticamente desconhecido dos povos europeus.

Foram os portugueses, por exemplo, que introduziram no território japonês as armas de fogo, que foram então utilizadas por alguns daimios (senhores feudais japoneses) e pelo próprio Xogum (título equivalente ao Chefe Maior do Estado, outorgado pelo imperador) para colocar a dinastia dos Tokugawa no poder.

Além disso, Portugal conseguiu, através de manobras políticas, manter o monopólio do comércio exterior do Japão, levando e trazendo mercadorias da China, Filipinas, Índia e outros territórios da região.

Como grande potência naval que era, todo o comércio marítimo com o japão era feito apenas por barcos portugueses.


Religião

Como se pode imaginar, a religião teve um papel importantíssimo nessa história. Missionários portugueses foram aos poucos ganhando confiança do Xogum e dos daimios, e iniciaram o trabalho de catequização dos japoneses, incluindo alguns Daimios importantes.

Porém, nem tudo era festa para os portugueses. A religião católica é radicalmente diferente do budismo e do shentoísmo praticados na terra do sol nascente, assim como os costumes dos nanbam-jin (bárbaros do sul, como eram chamados os portugueses e, posteriormente, qualquer europeu, já que chegavam ao Japão pelo sul do país), que agrediam as tradições e os costumes japoneses.

Em algumas regiões isso era tolerado, em outras, não. Alguns missionários portugueses foram mortos e tornaram-se mártires da igreja em terras orientais. Num dos momentos de boa-vontade para com a nova religião (e incentivado pelos enormes lucros obtidos com os acordos com os portugueses), o Xogum acabou por ceder Nagasaki aos interesses dos missionários portugueses, que ali estabeleceram uma base comercial e religiosa.

Nagasaki é, até hoje, a única cidade do Japão com características urbanísticas portuguesas (como grande parte das cidades brasileiras).


Viagem de cinco jovens japoneses

Vários episódios interessantes são relatados pela história, entre eles a viagem de cinco jovens japoneses, quase todos filhos de famílias abastadas, convertidos ao cristianismo, que foram convidados a viajar a Roma para conhecer Sua Santidade, o Papa.

A viagem durou 10 anos, contando ida e volta, e os que sobreviveram às péssimas condições dos navios da época, ao retornarem ao japão, assustados com a barbárie da civilização oriental, tornaram-se samurais.

Além de Portugal, Inglaterra, Espanha e Holanda também chegaram às terras dos japoneses.

Os espanhóis também traziam religiosos a bordo, o que gerou alguns conflitos sérios. Inglaterra e Holanda estavam interessados apenas nos lucros do comércio então dominado pelos portugueses.

Alterações nos usos e costumes

Além das armas de fogo, os portugueses acabaram por introduzir costumes e mesmo a nossa língua na cultura japonesa. Várias palavras do idioma japonês são de origem portuguesa, como pan (pão).

Durante os quase 100 anos que os religiosos europeus permaneceram em terras nipônicas, foram expulsos por diversas vezes pelo Xogum, mas depois readmitidos.

Cerca de cem anos depois o Xogum expulsa todos os estrangeiros do país (sob pena de morte para os que desobedecem) e fecha o Japão para o resto do mundo. O país permaneceu fechado até 1853, quando o comandante Perry, da marinha americana, chega com uma esquadra e exige a abertura do país para o resto do mundo.


Referências literárias

Essa história é narrada de forma romanceada no best-seller Xógum, de James Clavell, que fez enorme sucesso na década de oitenta. Apesar de narrar as aventuras de um piloto holandês, Clavell retrata as rivalidades entre holandeses e portugueses.

Outro livro interessante sobre o assunto é o "Choque luso no Japão dos Séculos XVI e XVII", de autoria de José Yamashiro, que traz detalhes históricos interessantes.

Fontes: O cabide / Parques de Sintra

sexta-feira, 5 de junho de 2009

“Arte Portuguesa no Japão”

O livro “Arte Portuguesa no Japão” apresenta dezasseis artistas portuguesas com obra em espaços públicos no Japão (parques, metropolitano, museus, galerias de arte, etc).

Amaral da Cunha

• Japanese Mathere, escultura em granito, Parque de Esculturas de Iwate, 1987

António Duarte

• Infante D. Henrique, Escultura em calcário Nishinomote, 1969. Oferta do Governo de Portugal.

Augusto Cid

• Nau Portuguesa, Escultura em bronze, Hirado, 2001

Bartolomeu Cid dos Santos

• 1543-1993/Portugal-Japão, Painel em mármore de Pero-Pinheiro gravado a água forte, Estação de Metropolitano Nihonbashi em Tóquio, 1993. Oferta do Metropolitano de Lisboa.

Bela Silva

• Conjunto de 13 painéis de azulejo, Luís Fróis, Omura Sumitada, Parque de Yokoseura em Saikai, Nagasaki, 2003
Graça Pereira Coutinho
• Painting, Acrílico e técnica mista sobre tela, Rinku Contemporary Art Space, Osaka, 1991.

Guilherme Parente

• Sem Título, Serigrafia, Tokyo, s/data.

Helena Almeida

• Ouve-me, Fotografia a preto e branco, Museu Hara deArte Contemporânea, 1980.
• Inhabited Paintings, Serigrafia, Gravura, Museu Nacional de Arte Ocidental, Tóquio, 1979.

José Farromba

• Parasita, Argila, Mashiko Museum of Ceramic Art, Machiko, 1992.

José de Guimarães


• Escultura, Tachikawa, 1994
• Painel, estação ferroviária de Quioto, 1997
• Conjunto de quatro painéis murais, Câmara Municipal de Akita, 1999
• Conjunto de 2 esculturas, Tachikawa, 2000
• Conjunto de cinco esculturas, bairro de Daikanyama, Tóquio, 2000
• Conjunto de dez esculturas, Kawanishi, Niigata, 2000
• Conjunto de 40 esculturas, centro cívico, Kushiro, 2000
• 11 esculturas, estádio de futebol, Kashima, 2000
• Escultura, Nishinoomiya, 2001

Jorge Vieira

• Encontro entre o Ocidente e Oriente, Escultura em ferro, Parque Xavier em Sakai, 1970. Oferta do Governo de Portugal.

Julião Sarmento

• Portefolio for Joseph Beuys nº27 Untitled, Litografia e colagem 7/90, Museu Hara deArte Contemporânea, Tóquio, 1986.
• Boys Town, Acrílico sobretela, Museu Hara deArte Contemporânea, Tóquio, 1989.
• Old man´s memory, multimédia sobre tela, Museu Hara deArte Contemporânea, Tóquio, 1991.

Kristina Mar

• Light and Shade, porcelana e gesso, Museu Miho, Shumei Culture Foundation, 1997.
• Reflection, Porcelana, gesso e serigrafia, INAX Gallery, Tóquio, 2002.

Luis Neuparth

• Montanha, Escultura em granito, Ishigami-no-oka Museum of Art, Iwate, 1986.
Martins Correia
• Figuras do Silêncio, Escultura em bronze, Museu de Dejima, Nagasaki, 1969.
Orlando Pompeu
• S/Título, Desenho a tinta-da-china e guache, Universidade de Estudos Estrangeiros de Kyoto, 2006.

Pedro Ramos

• Kimono 450 Anos, Escultura Escultura em granito, Nagasaki, 1993
• Touro e Javali, duas esculturas em granito preto da África do Sul, Takamatsu Stone Culture Park, 1994
• Kimono do Sol Nascente, Escultura em Granito, Parque de Esculturas de Iwate, 1986.
• Renascer, Escultura em granito, Ishigami-no-oka Museum of Art, Iwate, 1993.
• Wild Flower, Escultura em granito e madeira, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Boi, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1994.
• Mountain, Escultura em granito e madeira, Stone Museum of Takamatsu, 1995
• Full Moon, Escultura em Mármore, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Floating Mountain, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• The Sunset of Parthenon, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Mt. Fuji, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Kimono, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Big Valley, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.
• Mountain Pipe, Escultura em granito, Stone Museum of Takamatsu, 1995.

Ricardo Lalanda

• Arco de Vento, Escultura em granito, Parque de Esculturas de Iwate, 1988.
Rogério Ribeiro
• Nascimento, vida e morte, Conjunto de 3 painéis de azulejo, Edificio Kuge, Usuki, 1999.

Vitor Ribeiro

• Japan nº1, Escultura em granito, Parque de esculturas de Iwate, 1991.

Fonte: Embaixada de Portugal

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Tyki Mikk (Japão)


Tyki Mikk é um descendente de Noé que vive uma vida dupla. No seu lado bom tem nacionalidade portuguesa e vive com uns humanos que adoram jogar ao poker, enquanto que no seu lado “negro” tem um apetite desmesurado por sangue.

A família Noé (ou Clã Noé)

Personagens da série de anime e manga "D. Gray-man" da autoria do japonês Katsura Hoshino. São os 13 descendentes directos de Noé. Uma família de superhumanos que colaboram com o Earl.



Fonte: wikipedia

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Lyumnades Kasa (Japão)

Lyumnades Kasa é um dos sete Generais Marinas de Poseidon na série (de manga e anime) “Cavaleiros do Zodíaco”, criada por Masami Kurumada.

Nascido em Portugal, Kasa é o Pilar do Oceano Antárctico. Seu nome vem do português, Casa. "No japonês, "casa" é "uchi" que também significa "interior". O que é interessante já que Kasa tem a habilidade de ler o interior do espírito das pessoas". O seu nome pode também ter sido inspirado na palavra Caça, uma vez que é conhecido como caçador de corações.

Ele é uma das presenças mais ameaçadoras entre os Generais Marinas, não pela sua habilidade de luta, mas porque não mede consequências para conseguir o que quer. Tem o poder de ler a mente de uma pessoa e descobrir quem é o seu ser mais amado, imitando-o na aparência física e psicológica.

Marinas de Poseidon

Marina é a designação dada aos guerreiros que defendiam o deus dos mares Poseidon, da série "Cavaleiros do Zodíaco".

Os Marinas podem ser divididos em três classes: os Soldados, os Comandantes (Thetis, por exemplo) e os Generais.



Perfil de Kasa

Deus que protege: Poseidon
Golpes secretos: Salamandra Devoradora (Salamander Shock)
Idade 21 anos (morto em combate por Ikki)
Data de Nascimento: 19 de Agosto de 1965 (Leão)
Local de nascimento: Portugal



Fonte: wikipedia