segunda-feira, 30 de março de 2009

Soledad Miranda, musa de Jess Franco

Soledad Miranda nasceu em Sevilha, em 9 de Julho de 1943. Seu nome de baptismo era Soledad Redon Bueno e seus pais eram portugueses de etnia cigana (linhagem gitano romani).

Soledad Miranda foi musa de um "único" realizador de cinema, o espanhol Jesus Franco que a descobriu quando ela tinha apenas 16 anos (num papel não creditado, no musical "Mariquita, la Reina del Tabarín", de 1960).

Depois de uma série de papéis secundários em filmes de segunda categoria, Soledad – após rodar 3 filmes em Portugal – casou-se com José Manuel Simões, um jovem piloto de automóveis português, com quem teve um filho.

Voltou ao cinema a convite de Franco, em "El Conde Drácula", de 1969, tendo adoptado o nome artístico de Susann Korda para preservar a sua vida privada.

Christopher Lee vive no filme, pela enésima vez, o papel do conde. Desta vez porém, como em todos os filmes de Franco, o orçamento era quase nulo e não havia a sumptuosidade das produções da Hammer que imortalizaram Lee como Drácula (e que já eram baratas, mas comparadas às de Franco eram superproduções). Depois de chupar o sangue de Soledad no filme, Lee, que já mordera mais pescoços em sua carreira do que era capaz de lembrar, confidenciou a Franco: "Eu já fiz essa cena inúmeras vezes, mas esta mulher está me dando algo que nenhuma actriz jamais me deu".

Franco dirigiu mais seis filmes com Soledad. Quem conhece alguma coisa da vasta obra do cineasta espanhol sabe que ele é, ao mesmo tempo, o melhor e o pior cineasta de horror europeu. Quando está inspirado, é sublime. Quando não está, é sofrível. Sequências boas e ruins são frequentes num mesmo filme.

"Eugénie", "Vampyros Lesbos" e "Sie Tötete in Ekstase" são os três melhores filmes que ele dirigiu com Soledad. Mas mesmo os piores são redimidos pela presença da actriz.

Quando "Vampyros Lesbos" estreou em Berlim, em 1971, fez um grande sucesso. Não tanto pelo filme, que é óptimo, mas por Soledad. Franco foi visitá-la em Lisboa, onde ela morava. Levou consigo um produtor alemão, que ofereceu a Soledad um contrato de dois anos para actuar em produções de maior orçamento.

No dia seguinte, enquanto o contrato estava sendo redigido na Alemanha, Soledad Miranda sofreu um acidente de carro no Estoril. Morreu aos 27 anos. Franco nunca se recuperou da morte de sua musa. Assim como fez Alfred Hitchcock ao perder Grace Kelly para a realeza, Franco procurou em outras actrizes a reencarnação de Soledad.

Em "Les Avaleuses", de 1973, Franco elegeu Lina Romay como substituta oficial. O maior elogio que Franco faz a Romay, porém, é dizer que em alguns momentos ela se transfigura em Soledad Miranda.

Soleda actuou em cerca de 30 filmes entre 1960 e 1970. Infelizmente, só se tornou um mito na Espanha (e no mundo) após a sua morte.

Videos: "In memoriam", "Lola la piconera", VivaSoledad

Rodagem em Portugal

Em 1964, Soledad participa em três co-produções luso-espanholas rodadas em Portugal, duas das quais eram comédias musicais - com a participação de Victor Gomes e o seu grupo "Os Gatos Negros" - que, apesar de terem a mesma história e elenco, se destinavam a cada um dos países ibéricos, sendo a versão espanhola (“Los gatos negros”) realizada por José Luis Monter e a versão portuguesa (“A Canção da Saudade”) realizada por Henrique Campos.

Participou igualmente nos três filmes (além das duas comédias musiciais, a curta-mertagem "Um dia em Lisboa", a qual foi dirigida pelo director de fotografia dos filmes anteriores) o português José Manuel Simões que viria a casar pouco depois com Soledad.

Video: "Canção da Saudade"

Fontes: wikipedia / Amy Brown / orm

Curiosidades

Soledad Miranda, que era sobrinha da famosa cantora e actriz espanhola Paquita Rico, publicou dois EPs pela editora Belter.

O grupo American Boyfriends tem uma canção chamada "Soledad Miranda".

A banda Papillon lançou o álbum "Soledad" cujas primeiras duas canções se intitulam "Soledad" e "Miranda".

sexta-feira, 27 de março de 2009

Maria Eugénia - Vedeta do Cinema Internacional

Quando em 1945 estreia em Espanha o filme “El Ruiseñor de La Rádio”, titulo espanhol para o filme “A Menina da Rádio”, de Arthur Duarte, o realizador espanhol Raul Alfonso, fica fascinado pela beleza e simpatia de Maria Eugénia.

Maria Eugénia parte para Espanha, em 1946, para filmar a co-produção Luso-espanhola “O Hóspede do quarto nº 13”, sendo convidada, quase de imediato, por Raul Alfonso, para protagonizar o filme “Los heroes del 95”, ao lado do actor Alfredo Mayo.

Tal convite era um grande privilégio, pois tratava-se de um filme espanhol e não de uma co-produção luso-espanhola, o que tornava este convite uma grande honra para uma jovem que nunca tinha estudado no conservatório, e que até à poucos meses atrás nem sonhava sequer tornar-se numa vedeta.

O sucesso de “Heróis de 95” leva a que Maria Eugénia rapidamente se torne uma vedeta internacional. Por isso os convites para fazer cinema não param.

Quase de seguida é convidada para entrar em duas co-produções Hispano-Italianas: “Quando os Anjos Dormem” (1947) e “Conflito Inesperado” (1948), ambas realizadas por Ricardo Gascón.

Amedeo Nazzari, um famoso actor italiano, participa nesses dois filmes, tendo-se constado que o actor italiano seria o intermediário de um convite de trabalho de Vittorio de Sica, que Maria Eugénia recusará.

Fontes: Paulo Borges.blogue pessoal / wikipedia

quarta-feira, 25 de março de 2009

Helen D'Algy contracena com Rudolph Valentino


A actriz luso-espanhola Helena D’Algy, de seu nome Helena Lozano Guedes, nasceu em Lisboa em 18 de Setembro de 1906, tendo adoptado o apelido artístico de seu irmão Tony D’ Algy.

Apesar de ter nascido em Portugal (embora também haja fontes que referem que nasceu em Espanha), a actriz tinha uma forte pronúncia espanhola, resultante da família ter emigrado para a Argentina, o que terá contribuído para que fosse apresentada como espanhola (nacionalidade da sua mãe).

Com Valentino em "A Sainted Devil"
Após fazer figuração e pequenos papéis em filmes como “Zaza” e “Monsieur Beaucaire”, a sua carreira é verdadeiramente impulsionada em 1924, quando Rudolph Valentino, uma das maiores estrelas do cinema mudo, a descobre no restaurante dos Estúdios Paramount e a convida para contracenar consigo em “A Sainted Devil”.

Na sequência desse filme, Helena D’ Algy trabalha com realizadores importantes na história do cinema como Josef Von Stenberg, Franz Borzage, Victor Sjöström, Alan Crosland ou John Reinhardt, protagonizando diversos filmes, entre os quais "O Vaqueiro e a Condessa" de William Neill e "Sibéria" de Victor Shertzinger.

Helen D'Algy e Mary Astor em D. Juan

Com Alan Crosland participa em "Don Juan" (1926), protagonizado por John Barrymore e Mary Astor, que foi um dos primeiros primeiros a incorporar efeitos sonoros.

Entre 1925 e 1926 filmou dez filmes em Hollywood. Com o fim do cinema mudo, foram escasseando as suas participações no cinema.

Contracenando com Carlos Gardel (1933)

Em 1931 trabalha com Florián Rey no filme "Lo mejor es reír", co-produção entre Espanha e os Estados Unidos, com a famosa actriz Império Argentina e o seu irmão tony D'Algy .

E no seu último filme contracena com Carlos Gardel em "Melodia de Arrabal" (1933), protagonizado pelo cantor franco-argentino e por Império Argentina. Nas primeiras cenas dá réplica ao cantor que lhe dedica o famoso tango homónimo ("Melodia de Arrabal").

Fontes/Mais informações: Mon ciné  / Vargen57 / Javier Barreiro (actriz espanhola ?)





Revista "Mon Ciné"

segunda-feira, 23 de março de 2009

Tony D' Algy em Hollywood


Muitas décadas antes de Joaquim de Almeida ter começado a singrar no cinema americano, um outro actor português, hoje quase totalmente esquecido, procurou fazer carreira em Hollywood, ainda o cinema não dizia uma palavra.

Chamava-se António Eduardo Lozano Guedes Infante, nasceu em Luanda, em 1897, de pai português e mãe espanhola, morreu em Lisboa, 80 anos mais tarde, e usou o nome artístico de Tony D'Algy [inspirado nas suas iniciais A.L.G.I.].

Podemos recorrer ao cinema português para o identificarmos na nossa memória, porque ele interpreta o papel do Comandante, o vizinho rico de António Silva e sua família em "O Leão da Estrela" (1947), de Arthur Duarte, e também o de Sousa Morais, o agente de Amália Rodrigues em "Fado, História de uma Cantadeira" (1948), de Perdigão Queiroga.

Com Joan Crawford, na sua estreia no cinema, em "The Boob" (1926)

O primeiro filme registado de Tony D'Algy foi um mudo feito nos EUA, data de 1924, e é um drama intitulado “The Rejected Woman”, cujo elenco era encabeçado por Bela Lugosi.

Ainda nesse mesmo ano, D'Algy contracenou com Rudolfo Valentino em “Monsieur Beaucaire”. Foi apenas um papel secundaríssimo, mas fica para a pequena história do cinema que um actor português se cruzou num filme com o mito Valentino. E participou igualmente em “A Sainted Devil”, um filme que juntava Valentino com Helena D’Algy, sua irmã.

Quase sempre metido em personagens com características de "amante latino", Tony D'Algy ficou por Hollywood mais um par de anos, e chegou a ser dirigido por nomes como William Wellman (em "The Boob", o filme de estreia da grande actriz Joan Crawford) e John Stahl, embora sempre em papéis de segundo ou terceiro plano, e sempre referido nas fichas técnicas dos filmes como Antonio D'Algy ou Tony D'Algy.


Além de ter trabalhado em Hollywood (sendo de destacar os cerca de 9 filmes realizados entre 1924 e 1926), trabalhou sobretudo na Europa (em Espanha, França e Itália).

 Em 1927, Tony D’Algy experimenta a realização, mas sem grande sucesso, primeiramente com “The Reckless Mollycoddle” (ainda nos E.U.A.), e, posteriormente, com “Raza de hidalgos” (“A Race of Noblemen”), uma co-produção hispano-alemã, tendo como protagonistas Tony e Helen D’Algy. 

Em 1929 começa a trabalhar em França, actuando em filmes como "Figaro", "La Roche d'amour" ou "Un clown dans la rue".


A Paramount inicia em 1930 a sua produção na Europa a sua produção, e como Tony d'Algy já trabalhava em França, é chamado a colaborar nos filmes feitos em Joinville, aparecendo em filmes como "La Fiesta del Diablo" e "Lo mejor es reir", este último protagonizado pela grande actriz espanhola  Imperio Argentina. 

A Argentina é depois o seu novo ponto de mira, trabalhando  nos estúdios de Buenos Aires em filmes como "Mateo" e  "Papa Chirola", ambos de  1937. 

Em 1940 volta à Europa, desta vez a Itália, interpretando na Cirecitta duas co,produções italo-espanholas: “La nascita di Salomè” de Jean Choux (num pequeno papel) e ”Lluvia de Millione” de Max Neufeld

Um ano depois regressa a Espanha, actuando em filmes como “Crucero Baleares”, “Polizon a bordo”, “Todo por ellas”, “Primer Amor” ou “Torbellino, sendo de destacar o filme "Cem Anos Depois" de Ladislao Vajda em 1944.

O último filme de Tony D'Algy, feito em 1949, foi, precisamente, rodado em Espanha. Morreu em Lisboa a 29 de Abril de 1977.

Fontes: Eurico de Barros (DN) / Revista Animatografo (em "À pala de Walsh") / Blogue pessoal de Paulo Borges













sexta-feira, 20 de março de 2009

Carreira internacional de Virgílio Teixeira

Como Ali em "7th Voyage of Sinbad" rodado em Espanha

Virgílio Teixeira nasceu no Funchal a 26 de Outubro de 1917. Desportista muito conhecido na Madeira, como praticante de ténis, natação e futebol, vem para Lisboa no princípio dos anos 40.

Estreou-se como figurante em - "O Costa do Castelo" - em 1942 e, no ano seguinte, teve o seu primeiro papel importante em "Ave de Arribação".

Rapidamente tornou-se um dos galãs mais requisitados do cinema português. No final da década fixou-se em Espanha, encetando uma carreira internacional que dura vinte anos.

Ao todo fez 25 filmes portugueses, 50 espanhóis, 6 italianos, 6 ingleses, 1 francês, 15 americanos, 130 programas de televisão e duas peças de teatro. Em 1945 foi galardoado como melhor actor do ano pelo filme "Zé do Telhado" e, em 1951, foi o actor mais popular do cinema espanhol.

Fonte: Memória (DNA) – Sónia Morais Santos 15.11.2003



Virgílio Teixeira em Hollywood

Virgílio Teixeira fez apenas três filmes em Hollywood, passando a chamar-se “Texeira nos cartazes e Tex nas relações pessoais”, mas não gostou: “É muito dura, a vida em Hollywood. Droga por todo o lado, sobretudo cocaína. Tive medo. Ofereceram-me droga, acho que era haxixe. Achei que o melhor era ir embora e fui para Espanha.”

Contudo, em Espanha, contracenou com gente como Richard Burton, Yul Bryner, Frederic March, Julie Christie, Rita Hayworth, Rex Harrison, Omar Sharif, Alec Guinness, Charlton Heston, Sophia Loren, Christopher Plummer e Gina Lollobrigida, trabalhando em várias produções de Hollywood como "Alexandre, o Grande", "Doutor Jivago", "El Cid", "O Regresso dos Sete Magníficos", "Império Romano" e "Salomão e Sheba".

Fonte: Portuguese times

Em Espanha

O segundo filme que fez foi em território espanhol e intitulava-se “Cero en conducta” (Madalena, zero em comportamento) de Frederico Topel e Pedro Opzoup. Como foi parar a Espanha, Virgílio Teixeira explica que essa passagem surgiu por convite já que nos estúdios de cinema em Lisboa se travavam muitos conhecimentos entre actores e realizadores quer portugueses, quer estrangeiros.

«Uma produção “louca” já que reunia pessoas de quase todos os países da Europa. O realizador era polaco, bem como, a actriz principal. O operador de imagem era italiano, o assistente da direcção era alemão. Falava-se ali cinco ou seis línguas o que era muito divertido», recorda o actor.

Em Espanha, Virgílio Teixeira viveu 12 anos e participou em 50 filmes. Ainda hoje há espanhóis que pensam que o actor até é espanhol e não português devido à sua grande participação em produções espanholas.


O maior êxito que Virgílio Teixeira teve em Espanha foi com “Agustina de Aragón” de Juan de Orduña, um filme que lhe valeu, em 1951, o prémio de Actor Mais Popular, atribuído pela revista Cine-Mundo. Ainda nesse ano, mas em Lisboa, Virgílio Teixeira recebia o Prémio da Crítica pela revista Imagem.


Com papéis de maior ou menor importância, a verdade é que o nome do actor madeirense figurava em elencos de luxo.

Exemplo disso foi a sua participação na “runaway production” (termo utilizado para os filmes rodados em território estrangeiro).


Em Inglaterra

A passagem por Londres ficou marcada pela sua excelente participação no filme de “The Boy Who Stole a Million”, gravado em 1960 e realizado por Charles Crichton. Esta é a história de um rapaz, filho de um motorista de táxi, que se vê obrigado a roubar um milhão de libras de um banco para ajudar o pai. Um dado curioso e que ainda hoje deixa orgulhoso o actor madeirense é o facto deste filme ter sido a única produção estrangeira que teve como protagonista um actor português.

Fonte: Plano XXI

Mais informações: Virgílio Teixeira uma homenagem (Famafest, Lauro António)

Como o mexicano Luís no filme "O Regresso dos 7 magníficos"






quarta-feira, 18 de março de 2009

Lúcia Moniz em "O Amor Acontece" (2003)

"O Amor Acontece" é uma comédia romântica realizada pelo britânico Richard Curtis (argumentista de "Quatro Casamentos e um Funeral" e "Notting Hill"), que conta diversas histórias de amor passadas em simultâneo em Londres (e não só) poucas semanas antes do Natal e é a estreia de Lúcia Moniz no cinema internacional.

Lúcia Moniz é Aurélia, uma empregada portuguesa emigrada em França (inspirada numa empregada do argumentista-realizador), a qual viverá um romance com um escritor (Colin Firth), que se refugia em França para sarar feridas de amor.

Além de Lúcia Moniz, participam no filme os actores portugueses Hélder Costa e Carla Vasconcelos, que interpretam os papéis de pai e irmã de Aurélia.

"O Amor Acontece" reúne nomes como Hugh Grant, Colin Firth, Liam Neeson, Emma Thompson, Allan Rickmam, Laura Linney e Rowan Atkinson.

Fonte: TSF (adaptado)

Existe uma referência a Eusébio (fonte: C4pt0m3nt3)



Forum 7 arte

De todas as histórias e personagens neste filme com um dos melhores “cast” dos últimos anos destaco sem dúvida as deliciosas cenas entre Colin Firth (espectacular) e Lúcia Moniz nomeadamente a aprendizagem da língua de Camões por Firth e a apresentação dele à família de Lúcia Moniz.

Videos: cenas do filme, "Portuguese love theme" (Craig Armstrong)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Um Antônio Maria moderno em "Como uma Onda" (2004)


"Como uma Onda" foi uma telenovela brasileira produzida e exibida no horário das 18 horas pela Rede Globo, de 22 de Novembro de 2004 a 18 de Junho de 2005, em 179 episódios.

Apresentou pela primeira vez a actriz Alinne Moraes como protagonista de uma novela, contracenando com o actor português Ricardo Pereira (nomeado para os Prémios "Contigo" como melhor actor revelação).


Parte do elenco e produção estiveram no norte de Portugal (com destaque para Guimarães) para gravar as primeiras cenas. Não se concretizaram, no entanto, os planos de gravação nos Açores (que aliás era o nome original da novela).

Além de Ricardo Pereira, é de destacar a participação dos actores portugueses Joana Solnado e António Reis.


Sinopse

No início da trama, o açoriano Daniel Cascaes (Ricardo Pereira) vive um amor impossível com a portuguesa Almerinda (Joana Solnado).

O pai de Almerinda, o conservador Almirante Figueroa (António Reis), não aceita o namoro da filha, e contrata 'capangas' para separar o casal. Assim, Daniel resolve fugir, disfarçando-se de guia turístico.


Durante a fuga, ele encontra-se com o empresário brasileiro Sinésio Paiva, sua esposa Mariléia e as suas duas filhas, Lenita e Nina, que logo se interessam pelo rapaz.

Daniel e Almerinda marcam dia e hora para fugir de Portugal, mas os capangas do almirante interceptam o plano, colocando Daniel num transatlântico que ruma para o Brasil.

Por ser um clandestino, Daniel fica preso no navio por ordem do comandante, sendo ajudado pelas irmãs Nina e Lenita, que já no Brasil conseguem que o pai contrate Daniel como mordomo da família.

Fonte: wikipedia


Um Antônio Maria moderno

Há quatro décadas, no tempo da TV Tupi, o argumentista Walter Negrão e o então actor e hoje director Dennis Carvalho fizeram o "António Maria" em televisão, com o actor brasileiro Sérgio Cardoso.

(...) Negrão e Dennis Carvalho juntaram-se para apresentar o que ambos dizem ser "um António Maria moderno": Trata-se de "Como uma Onda", a próxima novela das seis da estação brasileira; uma história desenhada para um público adolescente na qual o protagonista principal é o actor português Ricardo Pereira. (...)

Ricardo Pereira define o seu papel como o de "um herói positivo" e espera que a sua prestação e o personagem que interpreta "ajudem a mudar a imagem do português no Brasil", ainda presa ao mito do emigrante, sempre saudoso da "santa terrinha".(...)


Walter Negrão e Dennis Carvalho não pouparam elogios ao trabalho da estrela "importada". Ambos tinham receio dessa opção. "Era perigoso dar o protagonista a um actor estrangeiro, o que nunca tinha acontecido na Globo", disse o director de "Como uma Onda". "Sempre quis um protagonista internacional e a maneira mais lógica de o fazer é com um actor português que não tem a dificuldade da adaptação e funciona lá como cá", afirmou o guionista. (...)

"Fiz um acordo com o Ricardo", diz Walter Negrão. "Escrever o português dele é meio complicado. É só um cuidado para eu não escrever coisas que os portugueses não dizem como o gerúndio. O Ricardo aprendeu a não apostrofar as palavras, para que o público o perceba. Já se habituou à musicalidade brasileira, sem perder a raiz portuguesa."


Fonte: DN

sexta-feira, 13 de março de 2009

TV Manchete produz nova versão de "Antônio Maria" (1985)

O popular actor português Sinde Filipe foi o protagonista da nova versão da telenovela "Antônio Maria", pelo que foi o primeiro actor por­tuguês a conseguir tal estatuto.

"Em 1.º de julho de 1985, às 18h30, estreou Antônio Maria, remake do clássico de Geraldo Vietri exibido pela primeira vez pela TV Tupi em 1968/69. Um português autêntico, Sinde Filipe, ganhava agora o papel principal que antes fora de Sérgio Cardoso, tendo Elaine Cristina como seu par, na pele de Heloísa, personagem vivida na versão original por Aracy Balabanian."

Foi a primeira aposta da extinta Rede Manchete no campo das telenovelas (apresentada de Julho a Novembro de 1985, às 18h30), contudo foi um grande fracasso - ao contrário da novela original.


Um dos principais erros foi apresentar o protagonista em Portugal, eliminando-se assim um dos maiores trunfos da telenovela original, que era o segredo em torno das origens de Antônio. Na verdade, Antônio Maria era milionário em Portugal, decidindo fugir para o Brasil para se libertar da presença de Amália (que por si estava apaixonada), empregando-se como motorista de uma família abastada.

A cantora Eugénia Melo e Castro interpreta a personagem Amália, sendo "Dança da Lua" (em dueto com Ney Matogrosso) o tema do genérico.



Sinopse

Antônio Maria D’Alencastro Figueroa chega de Portugal e vai trabalhar como motorista na mansão dos milionários Dias Leme, cujo patriarca Dr. Adalberto (Jorge Cherques) sofre um golpe por parte de Heitor (Paulo Ramos), noivo de Heloísa, a filha mais velha.

Num lance genuinamente novelesco, Antônio Maria revela-se na verdade tão rico quanto o Dr. Adalberto, e está no Brasil para fugir do assédio de sua madrasta Amália (Eugênia Mello e Castro). Ele se envolve com Heloísa, ao mesmo tempo em que se dispõe a encontrar meios de fazer os Dias Leme recuperarem sua fortuna.

Fonte: wikipediaAstros em revista (Elaine Cristina) / Memoria da TV


quarta-feira, 11 de março de 2009

TV Tupi lança com sucesso novela "Antônio Maria" (1968)

"Antônio Maria" foi uma telenovela brasileira, produzida pela TV Tupi e apresentada de Julho de 1968 a Abril de 1969, às 19h. Foi escrita por Geraldo Vietri e Walter Negrão e dirigida por Geraldo Vietri.

No início, a telenovela agradou principalmente a colónia portuguesa no Brasil, que se sentiu homenageada mas, no terceiro mês, a telenovela já era campeã de audiência.

"Antônio Maria" foi um marco da teledramaturgia porque os personagens eram pessoas com qualidades e defeitos, o que trouxe identificação com o público. Além disso, a linguagem empregada pelos personagens nada tinha de rebuscada, aproximando-se do coloquial.

O sucesso da novela estimulou o autor a fazer uma outra novela no mesmo estilo no ano seguinte: "Nino, o Italianinho", que conseguiu o mesmo sucesso.

Em 1985, a TV Manchete produziu um remake de Antônio Maria, que redundou em fracasso.


Sinopse

Antônio Maria (Sérgio Cardoso) é um português de Lisboa que vem para o Brasil e se emprega como motorista particular na casa do Dr. Adalberto (Elísio de Albuquerque), um rico comerciante, dono de uma cadeia de supermercados em São Paulo.

As duas filhas do patrão, Heloísa (Aracy Balabanian) e Marina (Carmem Monegal) se apaixonam pelo motorista, que se torna o conselheiro familiar após a decadência financeira em que a família entra por culpa do noivo de Heloísa.

Apesar das ofertas para ganhar mais dinheiro, Antônio Maria mantêm-se trabalhando para o patrão. O mistério da telenovela é a razão pela qual o português se mantém no emprego humilde mesmo sendo um rapaz de fino trato.

Fontes/Mais informações: wikipedia / Teledramaturgia / Tudo isso é TVNovela é arte

Video: Genérico da novela, Sérgio Cardoso