Como Ali em "7th Voyage of Sinbad" rodado em Espanha |
Virgílio Teixeira nasceu no Funchal a 26 de Outubro de 1917. Desportista muito conhecido na Madeira, como praticante de ténis, natação e futebol, vem para Lisboa no princípio dos anos 40.
Estreou-se como figurante em - "O Costa do Castelo" - em 1942 e, no ano seguinte, teve o seu primeiro papel importante em "Ave de Arribação".
Rapidamente tornou-se um dos galãs mais requisitados do cinema português. No final da década fixou-se em Espanha, encetando uma carreira internacional que dura vinte anos.
Ao todo fez 25 filmes portugueses, 50 espanhóis, 6 italianos, 6 ingleses, 1 francês, 15 americanos, 130 programas de televisão e duas peças de teatro. Em 1945 foi galardoado como melhor actor do ano pelo filme "Zé do Telhado" e, em 1951, foi o actor mais popular do cinema espanhol.
Fonte: Memória (DNA) – Sónia Morais Santos 15.11.2003
Virgílio Teixeira em Hollywood
Virgílio Teixeira fez apenas três filmes em Hollywood, passando a chamar-se “Texeira nos cartazes e Tex nas relações pessoais”, mas não gostou: “É muito dura, a vida em Hollywood. Droga por todo o lado, sobretudo cocaína. Tive medo. Ofereceram-me droga, acho que era haxixe. Achei que o melhor era ir embora e fui para Espanha.”
Contudo, em Espanha, contracenou com gente como Richard Burton, Yul Bryner, Frederic March, Julie Christie, Rita Hayworth, Rex Harrison, Omar Sharif, Alec Guinness, Charlton Heston, Sophia Loren, Christopher Plummer e Gina Lollobrigida, trabalhando em várias produções de Hollywood como "Alexandre, o Grande", "Doutor Jivago", "El Cid", "O Regresso dos Sete Magníficos", "Império Romano" e "Salomão e Sheba".
Fonte: Portuguese times
Em Espanha
O segundo filme que fez foi em território espanhol e intitulava-se “Cero en conducta” (Madalena, zero em comportamento) de Frederico Topel e Pedro Opzoup. Como foi parar a Espanha, Virgílio Teixeira explica que essa passagem surgiu por convite já que nos estúdios de cinema em Lisboa se travavam muitos conhecimentos entre actores e realizadores quer portugueses, quer estrangeiros.
«Uma produção “louca” já que reunia pessoas de quase todos os países da Europa. O realizador era polaco, bem como, a actriz principal. O operador de imagem era italiano, o assistente da direcção era alemão. Falava-se ali cinco ou seis línguas o que era muito divertido», recorda o actor.
Em Espanha, Virgílio Teixeira viveu 12 anos e participou em 50 filmes. Ainda hoje há espanhóis que pensam que o actor até é espanhol e não português devido à sua grande participação em produções espanholas.
O maior êxito que Virgílio Teixeira teve em Espanha foi com “Agustina de Aragón” de Juan de Orduña, um filme que lhe valeu, em 1951, o prémio de Actor Mais Popular, atribuído pela revista Cine-Mundo. Ainda nesse ano, mas em Lisboa, Virgílio Teixeira recebia o Prémio da Crítica pela revista Imagem.
Com papéis de maior ou menor importância, a verdade é que o nome do actor madeirense figurava em elencos de luxo.
Exemplo disso foi a sua participação na “runaway production” (termo utilizado para os filmes rodados em território estrangeiro).
Em Inglaterra
A passagem por Londres ficou marcada pela sua excelente participação no filme de “The Boy Who Stole a Million”, gravado em 1960 e realizado por Charles Crichton. Esta é a história de um rapaz, filho de um motorista de táxi, que se vê obrigado a roubar um milhão de libras de um banco para ajudar o pai. Um dado curioso e que ainda hoje deixa orgulhoso o actor madeirense é o facto deste filme ter sido a única produção estrangeira que teve como protagonista um actor português.
Fonte: Plano XXI
Mais informações: Virgílio Teixeira uma homenagem (Famafest, Lauro António)
Como o mexicano Luís no filme "O Regresso dos 7 magníficos" |
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