quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

"A cidade branca" de Alain Tanner (Suíça, 1983)


Co-produção luso-suíça, “A Cidade Branca” ("Dans la Ville Blanche") é uma realização do suíço Alain Tanner que reflecte, mais uma vez num dos seus filmes, sobre a solidão e a inconstância do Homem, centrando-se na história de um mecânico de navios, ser errante por natureza, que se perde nas velhas ruas da zona ribeirinha de Lisboa, onde vive um inconsequente caso de amor com uma rapariga de igual alma itinerante.

Um envolvente e sensível drama sentimental, onde Lisboa, a cidade branca do título, se assume mais como personagem do que como décor dramático, aliás magnificamente captada pela fotografia de Acácio de Almeida, com Bruno Ganz e Teresa Madruga nos principais papeis.


"Paul, mecânico naval, desembarca em Lisboa e aluga um quarto na zona ribeirinha. Durante dias passeia sem rumo pela cidade, escreve cartas à mulher na Suíça e regularmente envia-lhe os filmes em “Super-8” que vai fazendo. Conhece, então, Rosa, empregada de mesa e criada de quarto por quem se apaixona. Um dia é roubado e fica sem nada, mas continua o romance com Rosa. Decide não voltar a embarcar mas Rosa tem a certeza que ele um dia acabará por partir. Cruza-se, por mero acaso, com um dos homens que o roubou e acaba ferido no hospital. Quando sai, descobre que Rosa foi para França e ninguém sabe a sua morada. Por fim, vende a câmara de filmar e toma o comboio para a Suíça"

Fontes: RTP / C4pt0m3nt3 (imagens do filme)



O filme obteve, entre outros prémios, o César (prémios do cinema francês) para melhor filme francófono de 1983.

"É um filme de deriva, mas nunca de deriva (...) Acho que poucas vezes as vielas de Lisboa, com seu povo humilde, foram tão bem filmadas ou com tanto carinho" (em Estadão)  




 Mais informações: "Cinema esencial" (ES) / Estadão (BR)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

"Alerta Vermelho" - Filme Francês (2002)

 

"La sirene rouge" ("Alerta Vermelho") é um filme francês realizado por Olivier Megaton, com a interpretação de Jean-Marc Barr (Hugo), Asia Argento (Anita), Frances Barber (Eva), Alexandra Negrão (Alice), Edouard Montoute (Oliveira).


O filme é adaptado do romance de Maurice G. Dantec e conta a história de Alice, uma jovem de 12 anos, que revela à detective Anita, da Polícia de Paris, que a sua mãe, Eva, é uma assassina. O chefe da polícia não acredita em Alice, mas Anita decide investigar por sua conta e risco, descobrindo que Eva é a líder de uma organização criminosa de âmbito internacional.

Alice vai procurar o seu pai a Portugal, sendo acompanhada por Hugo, um mercenário. Eva e Anita também viajam para Portugal.



"Grande parte da acção passa-se em Portugal, inclusivamente há um grande tiroteio numa pousada nos arredores de Lisboa e um dos personagens é um polícia da Judiciária que tem um carro com insígnias do Sporting e que infelizmente é morto pelos maus da fita".

Fontes: IMDB, DVD Forum

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

"Canção do Mar" (IV) - versão em francês de Hélène Ségara (2000)


Hélène Ségara, nome artístico de Hélène Rizzo, é uma das cantoras francesas de maior sucesso da actualidade. No ano de 1997, Hélène estreia a comédia musical “Notre-Dame de Paris”, alcançando grande popularidade em toda a França.

Em 2000, Hélène lançou o seu segundo álbum "Au nom d'une femme", do qual foram extraídos cinco singles. Um dos singles é "Elle, tu l'aimes", versão francesa de “Canção do mar" composta por Frederico de Freitas e Ferrer Trindade. 

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Tudo começou em 1996 quando Orlando (produtor de Hélène Ségara e irmão de Dalida) viu o filme "Primal Fear" de Gregory Hoblit, descobrindo aí "Canção do mar" que fora popularizada por Amália nos anos 50 (inclusive em França) e recriada para a década de 90 por Dulce Pontes.

Três anos mais tarde, aquando da selecção de canções para o novo álbum da sua protegida, Orlando recorda-se de "Canção do mar" e decide gravar a canção em francês com letra de Michel Jourdan.

Extracto de "1001 histoires secrétes de chansons" de Fabien Lecoeuvre 

O videoclip foi filmado no Alentejo com a participação do então jovem actor Ricardo Pereira.


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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

"Canção do Mar" (III) - versão de Sarah Brightman (2003)


Sarah Brightman é uma cantora inglesa, nascida em 14 de Agosto de 1960, que procura cruzar a música clássica com a música pop, sendo os maiores sucessos da sua carreira os temas “Time to Say Goodbye”, em dueto com Andrea Bocelli, e “Phantom of the Opera”, da banda sonora do musical homónimo composto por Andrew Lloyd Webber.

Em 2003, Sarah Brigthman lançou o álbum “Harem”, com forte influência árabe e “dance music”, sendo o single de avanço o tema do mesmo nome, que era uma versão de “Canção do Mar” da autoria de Frederico de Brito e Ferrer Trindade.


O álbum alcançou o nº 29 na lista de álbuns mais vendidos nos E.U.A. (com vendas na ordem dos 333.000 exemplares), enquanto que uma versão remix do tema-título alcançou os primeiros lugares das tabelas de música de dança.

Sarah Brightman e o produtor Frank Peterson escreveram a letra para a melodia da "Canção do Mar", com o objectivo de transmitir uma relação entre o som do Médio Oriente e as mais antigas inspirações do fado. A cantora não esconde mesmo o seu fascínio pelo fado de Amália: "Gosto desta canção já há muito tempo. Com esta versão quis passar a sensação de se estar numa 'noite das Arábias'. Quis passar todo o amor, o deserto, a paixão e o fogo do Médio Oriente", disse a propósito.

Fontes: Wikipedia / Correio da Manhã



domingo, 27 de janeiro de 2008

Manuel Marques e as Bandas Sonoras de "Antônio Maria" (1968), "A Muralha" e "Pupilas do Senhor Reitor" (1970)


O compositor e guitarrista português Manuel Marques mudou-se para o Brasil em 1955, aos 29 anos, vindo a se tornar, durante as décadas seguintes, um dos maiores representantes da música portuguesa no Brasil.

Conhecido como o "poeta das doze cordas", em referência à viola portuguesa, Manuel Marques já estava bastante experimentado na arte de compor para novelas. «Fiz coisas muito bonitas para esta trilha [banda sonora de "Antônio Maria"]. Eles me deram a ideia da novela, então escrevi e depois fiz de acordo com aquela vontade. A repercussão foi maravilhosa», recorda-se Marques.


«Algumas foram mais marcantes. "O tema das beatas", por exemplo, tem uma característica da guitarra. Ela faz trechos engraçados, parece que são as beatas conversando. É muito interessante e diferente dos outros números. A "valsa das pupilas" é muito bem-feita. "A cor dos teus olhos" é um fado lindo que toquei recentemente na televisão portuguesa. Mas o mais importante de todos é "Ai ''Ai verdinho, meu verdinho".

Apesar da letra que "Ai verdinho, meu verdinho" recebeu, todas as faixas no disco são instrumentais. Para a execução das músicas, Manuel Marques tocou 1ª e 2ª guitarras, violão e violão baixo. Entre os demais temas, há o melancólico fado "Tema de Amália", as valsinhas "Tema do reitor" e "Guitarra, amor do fado"; e os viras "As pupilas do senhor reitor", "Tema de Manuel do Alpendre", "Tema de João Semana", "Dia de festa", "Tema de Clara e Pedro", "Tema de João da Esquina" e "Tema das crianças".


“Manuel Marques e a sua guitarra” 

O álbum “Manuel Marques e a sua guitarra”, lançado pela editora Fermata, trazia dez composições de Manuel Marques: no lado A cinco temas de “Antônio Maria” e no lado B cinco temas de “A Muralha”, baseado na obra homónima de Dinah Silveira de Queiroz.


"Pupilas do Senhor Reitor" 

A única música inédita da novela da Record "Pupilas do Senhor Reitor" era "Tema de amor em forma de prelúdio do compositor e guitarrista português Manuel Marques, que serviu como tema de abertura.

O fado foi também gravado pelo actor Sérgio Cardoso, protagonista da novela, que interpretava igualmente “Canção do Mar”. A trilha sonora incluía igualmente “Só nós dois” e “Lado a Lado” de Tony de Matos.

Fonte: "Teletema: Volume I: 1964 a 1989" de Guilherme Bryan e Vincent Villari

Trilhas sonoras complementares de Manoel Taveira

A canção "Contigo, Sim", interpretada pelo cantor português Manoel Taveira, igualmente radicado no Brasil, foi incluída numa trilha sonora completar de "Antônio Maria".

O cantor participou igualmente num pequeno papel em "As Pupilas do Senhor Reitor" e editou uma trilha sonora complementar com quatro temas.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

"Canção do Mar" na Banda Sonora de "Raíz do Mal" (1995)


“Canção do Mar”, da autoria de Frederico de Brito e Ferrer Trindade, foi interpretada por Amália Rodrigues, em 1955, no filme "Os Amantes do Tejo" sob o nome de “Solidão”.

Dulce Pontes também cantou uma versão desta música no seu álbum "Lágrimas" de 1993, que foi incluída na banda-sonora do filme “A Raíz do Medo” (“Primal Fear”), de 1995, realizado por Gregory Hoblit e interpretado por Richard Gere e Edward Norton.


O realizador recusara inicialmente os Gipsy Kings (grupo de música cigana de origem francesa), tendo o tema de Dulce Pontes sido proposto pelo director do departamento de música da Paramount, que ouvira a canção numa rádio local (*).

A canção é inclusive integrada na acção do filme quando o protagonista (Richard Gere) se dirige a um bar e aí ouve, pela primeira vez, a voz de Dulce Pontes.

Extracto do site "50 anos de filmes" (Brasil)

 "Um show à parte é a paixão do director ou dos produtores por Dulce Pontes. Não me lembro de nenhuma outra exposição assim tão forte, tão óbvia e gratuita, de um artista num filme americano. Toca uma música dela ("Canção do Mar") numa cena em que o advogado [Richard Gere] vai visitar um cliente, um bandido; o advogado elogia a música, o cliente elogia o bom gosto do advogado – e depois entrega-lhe o CD (e o espectador vê nitidamente a capa do disco, "Lágrimas, de 1993, [publicado] três anos antes de o filme ter sido realizado),


A cantora portuguesa foi surpreendida, pois ninguém se lembrara de a informar que a canção fazia parte do filme, tendo afirmado que "Ao princípio nem queria acreditar. Pensei que estava a sonhar".
  
(*) Existem versões distintas da forma como o tema foi incluído na Banda Sonora, pois há quem quem afirme que o tema foi proposto pelo realizador Gregory Hoblit (que ouvira a canção numa rádio local), ou pelo próprio Richard Gere (que se apaixonara pela música quando a ouviu numa loja).
Artigo na Billboard do correspondente em Portugal Fernando Tenente

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

"Brisa no Coração" de Ennio Morricone e Dulce Pontes (1995)


Ennio Morricone é um dos mais importantes compositores italianos de sempre. O seu nome é sinónimo de cinema, visto que foi a criação de bandas-sonoras eternas, para filmes como “Cinema Paradiso” (1988), “A Missão” (1986), “Aconteceu no Oeste” (1969), que o celebrizou mundialmente.

O primeiro encontro entre Dulce Pontes e Ennio Morricone ocorreu em 1995 quando Dulce interpretou o tema "A Brisa do Coração", da autoria de Francesco de Melis e Emma Scoles, pertencente à banda sonora do filme "Afirma Pereira", adaptado da obra de Antonio Tabucchi e protagonizado por Marcello Mastroianni, com música de Ennio Morricone.


Extracto de entrevista a Goreti Teixeira ("Mundo de Músicas")

O Ennio Morricone estava à procura de uma voz para interpretar o tema principal do filme "Afirma Pereira", com o Marcello Mastroiani. Uma amiga dele veio a Portugal de férias, comprou o disco "Lágrimas" e ofereceu-lhe. Foi assim que o conheci.

Mas o mais engraçado é que nessa altura estava em Amesterdão, a fazer promoção, e andava há séculos à procura do disco "Era Uma vez Na América". Fui a uma loja e finalmente encontrei o disco e quando cheguei ao hotel tinha um fax dele a convidar-me para interpretar "A Brisa do Coração". Foi uma coincidência incrível.
 
Videoclip:


Concerto na Polónia:

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

"Focus" de Ennio Morricone e Dulce Pontes (2004)


Aquando da participação de Dulce Pontes e Ennio Morricone na banda sonora de “Afirma Pereira”, Morricone terá dito que gostaria de um dia fazer um álbum com Dulce Pontes, mas apenas quando ela fizesse 30 anos, para assim ter mais maturidade.

Dulce começou por ser convidada a cantar nos concertos do maestro, tendo-se concretizado em Abril de 2004 o desejo de realizar um disco em conjunto, quando Dulce vai a Roma para dar a voz a algumas das mais famosas melodias do maestro italiano (temas celebérrimos como “Cinema Paradiso” (1988), “A Missão” (1986), “Aconteceu no Oeste” (1969), e outros, menos conhecidos, como “A Balada de Sacco e Vanzetti” (195)) e a cinco novas composições escritas propositadamente para si, com destaque para “Amália por Amor”, uma sentida homenagem a Amália Rodrigues.

Nasce assim "Focus", um CD assinado pela dupla, Ennio Morricone e Dulce Pontes, editado em Italia pela Universal em Outubro de 2004.

Fontes: wikipedia / attambur / viadeiportoghesi


Morricone, com a calma e a distanciação própria dos seus 75 anos (40 de carreira), não poupa, porém, nos elogios impressos na capa do disco, na forma como se refere às cinco novas composições que escreveu para o disco ("Amália por amor", "Antiga palavra", "Luz prodigiosa", "Voo" e "I Girasoli"): "Escrevi-as a pensar na voz de Dulce. Queria dar um ritmo intencional a estas novas peças - chamemos-lhe um ritmo ibérico - porque queria que a Dulce pudesse expressar o seu alcance vocal, mas também manter as conotações do fado português (...) ela tem qualidades 'camaleónicas' tão completas, tão incrivelmente variadas, que tenho de dizer que ela toca em todos os aspectos da canção, todas as formas de cantar". Vai mesmo mais longe, ao afirmar que este é um dos discos "mais importantes" que alguma vez fez "com um cantor", definindo-o como "extraordinário".

Fonte: Fernando Magalhães, Jornal Público

"Amália por Amor" (imagens de arquivo RAI)

sábado, 5 de janeiro de 2008

Lisboa dos anos 30 em "Afirma Pereira" de Roberto Faenza com base na obra de Antonio Tabucchi (1995)


Com realização do italiano Roberto Faenza, “Afirma Pereira” é uma co-produção entre Portugal, França e Itália que adapta para cinema um dos romances de António Tabucchi.

Pereira é um jornalista português do “Lisboa”, nos anos ’30, que no cinema foi interpretado pelo famoso actor italiano Marcello Mastroianni.



Joaquim de Almeida interpreta o prestável e informado criado de mesa do café Orquídea que servia a Pereira as suas açucaradas limonadas e as oleosas omoletas e lhe sugeria, ao mesmo tempo, notícias “impublicáveis”.

Pereira é um ex-jornalista de pequenas notícias que, um dia, é promovido a responsável pela página cultural do vespertino “O Lisboa” e que, confrontado com as ideias de liberdade de dois jovens, acaba por alterar completamente a sua vida.


Nicolau Breyner é o pároco confidente. Teresa Madruga é a porteira delatora e Carlos César é chefe de redacção. Nicoletta Braschi (conhecida por “A Vida é Bela” de Roberto Benigni) e Daniel Auteuil (Dr. Cardoso) são outros actores de renome internacional que participam no filme.

O filme foi rodado em Portugal em locais tão diferentes como o Pavilhão de Exposições da Faculdade de Agronomia (em Lisboa), o Museu Castro Guimarães (em Cascais), a Casa do Alentejo (em Lisboa), o Jardim de S. Pedro de Alcântara e a Estação do Rossio.


A acção decorre no Verão quente de 1938, onde um gasto jornalista se rendia ao “politicamente correcto” para assim evitar cair nas malhas da Polícia inquisidora.

Pereira consegue recuperar a alegria de viver ao põr o coração à frente da realidade, ao deixar prevalecer a verdade sobre os ditames da PIDE, da censura e da propaganda.

Fontes: wikipedia/ tv guia




Publicado em 1994, "Afirma Pereira" foi o romance que impõs o talento narrativo de Tabucchi junto do grande público, conquistando diversos prémios (Prémio Campiello, Prémio Viareggio, Prix Européen "Jean Monnet",) sendo considerado uma das obras-primas da moderna literatura italiana.

O romance de Tabucchi foi igualmente adaptado para teatro, por Teresa Pedroni, com interpretação do actor italiano Paolo Ferrari:


sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Antonio Tabuchi, um escritor italiano que sonha em português


António Tabucchi, escritor e professor na Universidade de Siena, onde lecciona Língua e Literatura Portuguesa, encetou, nos anos 60, uma relação afectiva com Portugal que viria a aprofundar-se ao longo do tempo.

Quando veio pela primeira vez a Portugal, em 1964, apenas conhecia os fados de Amália Rodrigues e de Alfredo Marceneiro e um poema de Fernando Pessoa, em francês, que era “A Tabacaria” (“Bureau de Tabac”), que descobrira, em Paris, num período em que aí estudara. Encantado com esse poema, decidiu estudar a língua portuguesa para melhor compreender a obra do poeta português.
Nessa ocasião, conheceu muitas pessoas com as quais se ligou afectivamente, como os escritores Alexandre O'Neill e José Cardoso Pires, tendo em 1967 conhecido aquela que viria a ser a sua esposa (Maria José de Lencastre).


Um dos seus romances, “Requiem”, foi escrito em português:

“(...) tinha muito desejo de escrever uma história que falasse de Portugal, e que se desenvolvesse em Portugal. E, para meu espanto, quando comecei a escrever nos cafés de Paris, a história começou a ser em português. Achei que, talvez depois do primeiro capítulo, ía retomar o italiano e depois traduzir para português, mas, pelo contrário, a história continuou em português e, sabem, não fui bem eu que escrevi essa história, foi a história que me escreveu ...”

Fonte: Wikipédia, TV Guia




"Nasceu em 1943, em Pisa. É professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Siena. Entre os seus livros, destacam-se Nocturno Indiano (1984) que recebeu o Prémio Médicis étranger em 1987, Pequenos Equívocos sem Importância (1985), O Fio do Horizonte (1986), Os Voláteis do Beato Angelico (1987), Chamam ao Telefone o Senhor Pirandello (1988), O Anjo Negro (1991), Requiem (1992), escrito em Português e premiado pelo Pen Club, Sonhos de Sonhos (1992), Afirma Pereira (1994), Prémio Internacional Jean Monnet em 1995, Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa (1994) e A Cabeça Perdida de Damasceno Monteiro (1997).

Com Maria José de Lencastre dirigiu e traduziu a edição italiana das obras de Fernando Pessoa, sobre o qual escreveu vários ensaios (Un baule pieno di gente, 1990) e traduziu a poesia de Carlos Drummond de Andrade (Sentimento del Mondo, 1987)."

in Europa e Cultura - Seminário Internacional, Fundação Calouste Gulbenkian, Maio de 1998