sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Antonio Tabuchi, um escritor italiano que sonha em português


António Tabucchi, escritor e professor na Universidade de Siena, onde lecciona Língua e Literatura Portuguesa, encetou, nos anos 60, uma relação afectiva com Portugal que viria a aprofundar-se ao longo do tempo.

Quando veio pela primeira vez a Portugal, em 1964, apenas conhecia os fados de Amália Rodrigues e de Alfredo Marceneiro e um poema de Fernando Pessoa, em francês, que era “A Tabacaria” (“Bureau de Tabac”), que descobrira, em Paris, num período em que aí estudara. Encantado com esse poema, decidiu estudar a língua portuguesa para melhor compreender a obra do poeta português.
Nessa ocasião, conheceu muitas pessoas com as quais se ligou afectivamente, como os escritores Alexandre O'Neill e José Cardoso Pires, tendo em 1967 conhecido aquela que viria a ser a sua esposa (Maria José de Lencastre).


Um dos seus romances, “Requiem”, foi escrito em português:

“(...) tinha muito desejo de escrever uma história que falasse de Portugal, e que se desenvolvesse em Portugal. E, para meu espanto, quando comecei a escrever nos cafés de Paris, a história começou a ser em português. Achei que, talvez depois do primeiro capítulo, ía retomar o italiano e depois traduzir para português, mas, pelo contrário, a história continuou em português e, sabem, não fui bem eu que escrevi essa história, foi a história que me escreveu ...”

Fonte: Wikipédia, TV Guia




"Nasceu em 1943, em Pisa. É professor de Literatura Portuguesa na Universidade de Siena. Entre os seus livros, destacam-se Nocturno Indiano (1984) que recebeu o Prémio Médicis étranger em 1987, Pequenos Equívocos sem Importância (1985), O Fio do Horizonte (1986), Os Voláteis do Beato Angelico (1987), Chamam ao Telefone o Senhor Pirandello (1988), O Anjo Negro (1991), Requiem (1992), escrito em Português e premiado pelo Pen Club, Sonhos de Sonhos (1992), Afirma Pereira (1994), Prémio Internacional Jean Monnet em 1995, Os Três Últimos Dias de Fernando Pessoa (1994) e A Cabeça Perdida de Damasceno Monteiro (1997).

Com Maria José de Lencastre dirigiu e traduziu a edição italiana das obras de Fernando Pessoa, sobre o qual escreveu vários ensaios (Un baule pieno di gente, 1990) e traduziu a poesia de Carlos Drummond de Andrade (Sentimento del Mondo, 1987)."

in Europa e Cultura - Seminário Internacional, Fundação Calouste Gulbenkian, Maio de 1998

1 comentário:

nat disse...

Deidda/Itália

http://www.slp.pt/Variavel/Deidda.html

http://www.uguru.net/pt/artists_marianodeidda.html