Co-produção luso-suíça, “A Cidade Branca” ("Dans la Ville Blanche") é uma realização do suíço Alain Tanner que reflecte, mais uma vez num dos seus filmes, sobre a solidão e a inconstância do Homem, centrando-se na história de um mecânico de navios, ser errante por natureza, que se perde nas velhas ruas da zona ribeirinha de Lisboa, onde vive um inconsequente caso de amor com uma rapariga de igual alma itinerante.
Um envolvente e sensível drama sentimental, onde Lisboa, a cidade branca do título, se assume mais como personagem do que como décor dramático, aliás magnificamente captada pela fotografia de Acácio de Almeida, com Bruno Ganz e Teresa Madruga nos principais papeis.
"Paul, mecânico naval, desembarca em Lisboa e aluga um quarto na zona ribeirinha. Durante dias passeia sem rumo pela cidade, escreve cartas à mulher na Suíça e regularmente envia-lhe os filmes em “Super-8” que vai fazendo. Conhece, então, Rosa, empregada de mesa e criada de quarto por quem se apaixona. Um dia é roubado e fica sem nada, mas continua o romance com Rosa. Decide não voltar a embarcar mas Rosa tem a certeza que ele um dia acabará por partir. Cruza-se, por mero acaso, com um dos homens que o roubou e acaba ferido no hospital. Quando sai, descobre que Rosa foi para França e ninguém sabe a sua morada. Por fim, vende a câmara de filmar e toma o comboio para a Suíça"
Fontes: RTP / C4pt0m3nt3 (imagens do filme)
O filme obteve, entre outros prémios, o César (prémios do cinema francês) para melhor filme francófono de 1983.
"É um filme de deriva, mas nunca de deriva (...) Acho que poucas vezes as vielas de Lisboa, com seu povo humilde, foram tão bem filmadas ou com tanto carinho" (em Estadão)
Mais informações: "Cinema esencial" (ES) / Estadão (BR)
1 comentário:
Requiem de Alain Tanner
http://www.cfh.ufsc.br/~magno/alaintanner.htm
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