quarta-feira, 26 de março de 2008

"Viagem a Lisboa" de Monsieur Jean (1990)


 Monsieur Jean é um personagem de banda-desenhada criado, em 1990, por Dupuy-Berberian (Philippe Dupuy e Charles Berberian) na revista Yéti.

A série, adaptada ao cinema em 2007, conta a vida quotidiana de Monsieur Jean um parisiense celibatário, na casa dos 30 anos, que está permanentemente à procura de uma ideia para escrever um romance.

Dupuy e Berberian criam uma subtil (mas evidente) continuidade ao longo de álbuns construídos de pequenos episódios aparentemente díspares, unidos por breves interlúdios temáticos. Se no primeiro álbum temos a ubíqua porteira, em “Les nuits les plus blanches” seguem-se infernos que a idade acentua: a azia e as insónias...

Neste segundo volume inclui-se aliás um excelente episódio mais longo passado no nosso país, sob a sombra tutelar de Fernando Pessoa: “Voyage à Lisbonne”.




Monsieur Jean perde um livro que lhe fora oferecido pelo seu avô, sendo um pretexto para homenagear Fernando Pessoa e para abordar uma característica do personagem que ainda não fora explorada, a angústia.

A ideia foi proposta a Dupuy-Berberian por um colega, Hervé Tullet, que lhes falou de Fernando Pessoa e da Saudade, que, segundo os autores, é uma espécie de mistura de sentimento nostálgico e melancolia que se desenvolveu no seu trabalho.


Fontes/Mais informações: DuberF. Cleto e Pina / Bedeteca 

Michel Vaillant em Portugal (1971 e 1984)


Michel Vaillant é um personagem de banda desenhada da autoria de Jean Graton, que de uma forma muito própria, conseguia misturar a realidade e a ficção, pondo Michel a conviver com os maiores campeões de sempre do desporto automóvel.

Centrando a sua carreira na fórmula 1, onde chegou a andar a mais de 300 à hora nas ruas de Paris, não deixou de participar nas várias disciplinas do desporto motorizado. Conhecemos-lhe uma vitória no Paris / Dakar e várias incursões no mundial de ralis, para além das vitoriosas participações nas 24h de Le Mans.



As aventuras de Vaillant foram editadas inicialmente, em Portugal, através da revista “Cavaleiro Andante” que rebaptizou o herói com o nome mais português de Miguel Gusmão.

Michel Vaillant participou no “Rali em Portugal” (“Cinq filles dans la course” na versão original de 1971), e voltou à capital portuguesa em “O Homem de Lisboa” (“L’ homme de Lisbonne” de 1984), numa intriga sobre espionagem industrial. E teve “Um encontro em Macau” (“Rendez-vous à Macao” de 1983).




" Rali em Portugal" (1971)

Editado em 1971, com o título original "5 Filles dans la Course!", centra-se na 3ª edição do Rali TAP disputada no ano de 1969. Dando seguimento ao álbum anterior, "De L'huille sur la Piste", a história deste livro tem como foco principal o relacionamento entre os pilotos de automóveis e as mulheres.

Com o Rali de Portugal como pano de fundo, a equipa Vaillante junta-se a outras duas equipas mistas para termos cinco raparigas na corrida. Michel faz parceria com Françoise Latour a sua futura mulher.


Mas é o eterno mulherengo Steve Warson que se torna na personagem principal do livro. Para além da companheira de viatura, a Portuguesa Cândida Maria de Jesus, que no seu estilo habitual tenta conquistar, é confrontado com a presença da quinta rapariga, a Americana Betty, "la grande saucisse", que lhe fará a cabeça em água ao longo de todo álbum e que terá mais tarde participações nos livros "Rush" e "Des Filles et des Moteurs".

A passagem por Portugal é bem notada, o desenho está impecável, e os locais facilmente reconhecíveis, começando pelo primeiro "quadradinho" que nos mostra um 727 da TAP e uma vista do Castelo de S.Jorge com a Ponte Salazar (estamos em 1969) ao fundo bem como o Cristo Rei.


Também curioso é a passagem do Rali pela noite de Sintra, na qual o autor brinda-nos com os comentários dos espectadores, em Português, como são exemplo os "é o Jacky Ickx Anda Jacky!", "mais depressa", "vão matar-se!", "estão doidos!" e a melhor "anda os franceses".


 Não faltam as referências a personagens portuguesas como Augusto César Torres, director da prova até à sua morte ou Alfredo Vaz Pinto, vice primeiro-ministro de Marcello Caetano.


Michel, Françoise, César Torres, Cândida, Brigitte e Jacky Ickx.
Uma nota também para a mistura da ficção com a realidade, é que a dupla Gilbert Staepelaere/Nicole Sol, caracterizada neste álbum, participou mesmo no Rali TAP de 1969 ao volante de um Ford 20M, tendo obtido o mesmo resultado que obtiveram no livro.

Mais do que um livro de banda desenhada, “Rali em Portugal” é uma homenagem ao nosso País, pela descrição afectiva que faz dos lugares. Aliás, o trabalho de investigação observa-se extremamente bem conseguido.
Serra de Montejunto
Cândida mostra a Universidade de Coimbra

Abundam as descrições minuciosas dos troços onde se desenrolam as corridas. Lisboa, Sintra, Arganil, Buçaco, Montejunto, Coimbra e a sua Universidade, Estoril e os jardins do Casino… é um autêntico roteiro turístico em forma de desenhos em quadradinhos. Aliás, a primeira vinheta trata logo de descrever a imagem única que é o avião a fazer um círculo sobre o Tejo para se enquadrar com a pista da Portela.


"O homem de Lisboa" (1984) 

Michel Vaillant volta a Portugal e ao Rali de Portugal, mas desta vez quem corre pela Vaillante é Steve Warson acompanhado pela sua nova namorada Julie Wood, que aproveitam para passear por Lisboa, passando pelo elevador da Glória e pela Torre de Belém.



Michel faz uma viagem de urgência a Lisboa para "brincar" aos espiões. Documentos secretos, da futura viatura revolucionária de turismo, são roubados da fábrica Vaillante. Michel tem de apanhar o traficante americano Tony Cardoza e recuperar os documentos.


Paralelamente à espionagem industrial, temos oportunidade de acompanhar a prestação de Steve e Julie no rali. As primeiras 4 páginas são dedicadas à loucura dos espectadores Portugueses.

Aos mares de gente que acorriam às classificativas, especialmente as de Sintra, e que rodeavam a estrada completamente, só se afastando dos carros no último momento.


Quanto a Portugueses temos novamente a presença de César Torres o organizador da prova, bem como a dupla Jorge Ortigão/João Baptista que correm ao volante de um dos Vaillante Comando e também o maior dos bedéfilos que é retratado algures na página 33.

Buçaco

Uma das imagens mais interessantes de "Rali em Portugal" é o Hotel Palácio do Buçaco onde Steve e Betty têm o seu primeiro "desencontro".


Estoril

O Hotel Estoril Sol, o Clube de Ténis do Estoril e o Casino Estoril são alguns dos cenários de "Rali em Portugal".


Setúbal

No livro “Rali em Portugal” há o registo de um pequena passagem por Setúbal a caminho da capital, o piloto passa por uma das artérias mais movimentadas da cidade junto a um dos mais antigos e conhecidos stands de automóveis da cidade.


Sintra

A Sintra o autor dedica cinco pranchas do álbum. De início os pilotos queixam-se do musgo que cobre os paralelos do piso, tornando-o numa pista de patinagem, das ruas estreitas e das curvas apertadas.

É o Assalto a Sintra “porque se trata de um verdadeiro assalto: a escalada de um ninho de águias por ruelas estreitas e uma sucessão de curvas apertadas!”

E vemos a Quinta Mazziotti, o arco da Penha Verde e o Largo do Vítor na confluência com o início da Estrada da Pena!!!


Montagem de Pedro Macieira

E em "O homem de Lisboa" é utilizado o cenário da Lagoa Azul para a passagem dos bólides, em que os desenhos demonstram fielmente as loucura que os espectadores praticavam para verem quase em cima dos carros os seus pilotos favoritos, criando situações de grande perigo.


"Febre de Bercy" (1988)

Em 1998 foi lançado “A Febre de Bercy” (“La Fièvre de Bercy”), primeira parte de uma aventura em dois volumes centrada no Elf Masters de Bercy, a prova de karts que fecha a temporada da Fórmula 1 e que, desta vez, conta com a participação de Michel Vaillant e de Steve Warson.


Para os leitores portugueses, a história tem o aliciante de contar com o português Pedro Lamy como um dos concorrentes, para além da intriga (vagamente) policial girar em torno de um CD contendo um programa de cronometragem criado pela Fastnet, uma empresa dirigida por um português, John Cabral que, ao que tudo indica, não é tão inocente como parece...

Fontes/Mais informações: Livros a Doi2 (1)(2) /  João Miguel Lameiras (Diário das Beiras), Pedro Macieira (em blog Rio das Maças) / Memória recente e antiga / AlagamaresPaulo Almeida / Geocaching / As leituras do Pedro (1) / Por um punhado de imagens / Sobre Pedro Lamy 


sábado, 22 de março de 2008

Truffaut roda filme em Portugal (1964)


António Cunha Telles foi um dos co-produtores de "Vacances Portugaises" (1963), de Pierre Kast.

No ano seguinte, co-produziu "Angústia" (La peau douce") que foi parcialmente rodado em Portugal.

O filme foi realizado por François Truffaut, sendo protagonizado por Jean Desailly e Françoise Dorléac (irmã de Catherine Denéuve que morreu num acidente de viação em 1967).

Sinopse:

"Durante uma viagem a Lisboa para uma conferência, Pierre Lachenay (Jean Desailly), um famoso editor e professor, tem uma aventura extra-conjugal com Nicole (Françoise Dorléac), uma hospedeira da companhia área brasileira Panair, viajando depois juntos para Reims, França."


Foto: François Truffaut em "A noite Americana" (1973)

sexta-feira, 21 de março de 2008

“Uma Portuguesa em Paris/Merci Natercia” (Filme Francês, 1959)




Pierre Kast é um realizador francês, inserido na "Nouvelle Vague" que rodou diversos filmes em Portugal, sobre portugueses e com portugueses.

“Uma Portuguesa em Paris" (no original "Merci Natercia"), foi a sua segunda longa-metragem, sendo protagonizada por Clara d’Ovar, fadista emigrada em Paris, onde possuía uma casa de fados, na rue de Verneuil.

Foi a primeira casa de fados em Paris, sendo frequentada por famosos como Françoise D'Orléac (irmã de Catherine Deneuve), Line Renaud, Jean Marais, Jean Cocteau, Fernandel, e muitos outros nomes do espectáculo, da literatura e da política.

Zeni d' Ovar, irmão de Clara e igualmente fadista, referiu, ao LusoJornal, que "Na altura, havia poucos portugueses em Paris e os clientes da casa eram essencialmente franceses e tornaram-se amigos".

Clara d' Ovar contribuiu, durante os anos '60, para a rodagem em Portugal de diversas co-produções entre Portugal e França.

Zeni d'Ovar e Clara d'Ovar em "Merci Natércia"

Sinopse:

Uma bela e rica viúva promove a ascensão de um jovem que quer se tornar realizador.

Breve nota bibliográfica sobre Clara d'Ovar 

Fontes: Lusojornal / Jornal João Semana


A estreia de Clara d'Ovar no cinema aconteceu em 1959, quando consegui um papel de protagonista no filme "Merci Natercia", conhecido em Portugal como "Uma Portuguesa em Paris", de Pierre Kast.

Muito sumariamente, a trama do filme, assinada pelo próprio Kast e por Peter Oser, desenvolve-se em torno da personagem de Clara d’Ovar que dá título ao filme, uma viúva rica que ajuda um aspirante a cineasta a realizar o seu primeiro filme. Ignorando o facto de Clara não ser viúva e de Kast não ser um estreante, havia algumas semelhanças entre a ficção e a realidade, uma vez que a produção do filme era assegurada por Clara d’Ovar e pelo então marido Peter Oser, um elemento do clã Rockefeller.

Fracasso quase total, o filme não estrearia em França e só estrearia em Portugal cinco anos depois, comprometendo as suas aspirações profissionais: tentou ser actriz principal em La Barque Sur l’Ocean (1960), de Maurice Clavel, e em Cartas da Religiosa Portuguesa (1960), de António Lopes Ribeiro, mas os dois projectos acabariam por não ser concluídos.

O reencontro com Pierre Kast seria determinante para relançar a sua carreira: em 1961 conseguiria um papel como figurante em "La morte-saison des amours", de Pierre Kast.

O filme consolidaria a relação entre Clara d’Ovar e Pierre Kast, que se intensificaria nos anos seguintes, com proveitos para ambos. Apesar de ter integrado a geração da nouvelle vague, e de também ter feito carreira como crítica na prestigiada Cahiers du Cinéma, Pierre Kast (1920-1984) nunca alcançou uma posição de destaque no cinema francês, ainda que tenha começado a carreira com uma curta co-realizada com Jean Grémillon ["Les charmes de l’existence" (1949)] que até venceu um prémio em Veneza.

Fontes: A pala de Walsh (actualizado em 2018) / Notre cinema

 

quinta-feira, 20 de março de 2008

"Os sorrisos do destino"/"Vacances Portugaises" (Filme Francês, 1963)



Após "Uma Portuguesa em Paris" (1959), Pierre Kast rodou diversos filmes em Portugal, sendo "Vacances Portugaises" co-produzido, entre outros, por Clara d'Ovar, protagonista do filme anterior, e António Cunha Telles.

"Os sorrisos do destino" é uma crónica de ricos burgueses que passam férias em Portugal, sendo o filme protagonizado por famosos actores franceses como Daniel Gélin, Jean-Pierre Aumont e Catherine Denéuve (num dos seus primeiros papéis em cinema).



Sinopse:

Jean-Pierre e Françoise são casados e passam o Inverno em Portugal numa magnífica mansão. Sentem, no entanto, saudades de Paris e decidem convidar um grupo de amigos de ambos os sexos para um fim-de-semana.




Mais informações: A pala de Walsh / notre cinema/ Produções António Cunha Telles

quarta-feira, 19 de março de 2008

Linda de Suza, o sucesso de uma cantora portuguesa em França



Linda de Suza, de seu nome Teolinda Lança, nasceu em Beringel, em 22 de Fevereiro de 1948, tendo emigrado para França durante a década de 70.

Linda de Suza foi uma das mais reconhecidas cantoras portuguesas em França, tendo obtido um assinalável sucesso com temas como “Tiroli-Torola”, “La fille qui pleurait”, “Un enfant peut faire le monde”, "Un Portugais" e “L'Etrangère”.


A sua chegada a França com uma criança nos braços e com falta de dinheiro dificilmente faziam antever que, poucos anos depois, através da voz melodiosa e melancólica, Linda de Suza esgotava plateias sucessivas no Olympia de Paris e conquistava milhares de admiradores que atribuíram à sua discografia imensos galardões de ouro e platina. Amada pelos franceses, chegou mesmo a ser chamada “Amália de França” por uns, ou “Linda Portuguesa” por outros. O facto é que nunca negou as suas origens, mantendo nas letras das canções a história da sua vida e do seu país natal.

Linda começou a cantar num restaurante chamado Chez Loisette, em Saint-Ouen”, tendo sido descoberta por André Pascal, um compositor francês, que a apresentou a um outro compositor, Alex Alstone.


Após ser recusada pela editora Barclay (devido ao receio da sua pronúncia portuguesa não ser aceite pelo público francês), assina pela Carrere.

Claude Carrére consegue que Linda seja convidada para o programa de TV “Rendez-Vous du Diamanche” de Michel Drucker (actual apresentador de “Vivement Diamanche”).

Linda interpreta a sua primeira canção, “Un Portugais”, da autoria de Alex Alstone e Vline Buggy, diante de mais de 20 milhões de telespectadores, contribuindo para o sucesso do single que alcançou o galardão de platina em França.

Em 1984, publicou a sua autobiografia intitulada "A Mala de Cartão" que deu a conhecer ao mundo a sua verdadeira história, tendo sido adaptada para TV, como minisérie, em 1988.


Fonte: Wikipedia /página oficial

Videos: "Un Portugais"Reportagem TVI (2017)  

terça-feira, 18 de março de 2008

Helena Noguerra (cantora luso-belga)


Helena Noguerra é uma cantora belga, de ascendência portuguesa, tendo nascido em 18 de Maio de 1969, em Bruxelas.

Helena é irmã de Lio (cantora luso-belga nascida em Mangualde), sendo casada com o cantor Phillippe Katerine.

O seu primeiro single foi "Lunettes Noires", lançado em 1988, utilizando como nome artístico LNA. Multifacetada, é igualmente actriz, apresentadora de TV, modelo e, mais recentemente, escritora.

Helena Noguerra tornou-se uma cantora de gostos sofisticados, influenciada pela pop dos anos '60 e pela música popular brasileira, tendo colaborado em diversos projectos musicais: Ollano de Marc Colin (Nouvelle Vague), Imbécile de Olivier Libaux e "Dillinger Girl and Baby Face Nelson".

Helena foi igualmente convidada para o aclamado álbum "Cinema" de Rodrigo Leão onde interpretou dois temas com letra da sua autoria ("Jeux d'amour" e "La fête").


Em 2001, lançou o álbum "Azul" que inclui diversos temas em português e, em 2004, gravou com Phillippe Katerine o single "Euro 04" em homenagem ao campeonato da Europa organizado por Portugal.



Video: "Minimum", "Riviére des anges" e "Fraise Vanille" (inclui entrevista)

segunda-feira, 17 de março de 2008

Lio (cantora luso-belga)

 

Lio, de seu nome Wanda de Vasconcelos, é uma cantora luso-belga que nasceu em Mangualde, no 17 de Junho de 1962, tendo a sua família emigrado para a Bélgica em 1968.

Em 1979, Wanda obteve um grande êxito com a música "Le banana split" que, com 2 milhões de singles vendidos, se tornou um dos sucessos mais badalados na cena francófona de música nos anos '80. Naquela época, Wanda tinha 17 anos. Depois obteve outros sucessos como "Amoureux solitaires", em 1980, e "Mona Lisa", em 1982.

A partir de 1983, envereda por uma carreira de actriz (sendo de destacar filmes como "Les Années 80" e "Golden Eighties", ambos de Chantal Akerman, "Elsa Elsa", "Personne ne m'aime" ou "Les Invisibles"), que acumula com a actividade musical, tendo sido igualmente desenhadora de moda, entre 1988 e 1990


Aos 30 anos, decidiu abandonar a sua imagem "babydoll". O seu êxito nunca voltou a ser o que era nos anos '80, contudo continua a ser uma actriz e cantora reconhecida no espaço francófono, sendo presença assídua em diversos programas de TV, tendo sido, em 2007, membro do júri do concurso “Nouvelle Star” (versão francesa do programa “Ídolos”).

A sua irmã mais nova, Helena Noguerra, igualmente cantora, colaborou em “Cinema” álbum de Rodrigo Leão.

Fonte: wikipedia (adaptado) / página oficial



Video: "Banana Split", Medley

Lio e Helena (anos 80)


  


  

Júri no concurso "Nouvelle Star" da M6 (2008-2010)
Como Madame Rose na série de TV "Rani" (2011)
Participação no filme "Stars 80" (2012)