quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"Senhora dos Açores" de Romana Pietri (2002)

Romana Petri nasceu em Roma, onde vive. Considerada uma das vozes mais representativas da actual escrita italiana, inicia a sua carreira literária em 1990 com "Il gambero blu e altri racconti" (prémio Rapallo e prémio Mondello opera prima).

Entre as suas obras mais aclamadas destacam-se "Alle Case Venie" («Uma guerra na Umbria – Case Venie», prémio Rapallo-Carige, finalista prémio Strega 1998), "La donna delle Azzorre" («A senhora dos Açores», prémio Grinzane Cavour 2002); e "I padri dgli altri" («Os pais dos outros», prémio Chiara e prémio Città di Bari).

"Sinopse"

Uma viagem de descoberta de um mundo outro, os Açores vistos pelos olhos de uma estrangeira, um périplo poético, um caminho de aprendizagem... A personagem principal, uma italiana, um guia misterioso - João Freitas - minúsculos pedaços de terra por entre um imenso oceano.

Como tudo começou

"Quando comecei a ler livros do Antonio Tabucchi, que sempre escreveu muito sobre Portugal. Ao falar com ele comecei a conhecer muito bem Portugal."

"A primeira vez que cá vim foi em 1990 [a Lisbao], depois fui aos Açores… e voltei muitas vezes. E comecei a ler também os livros traduzidos em Itália" [entretanto comprou uma casa em Lisboa, onde tenta passar todo o tempo possível. E descreve-se como uma italiana “muito aportuguesada”].


Açores

Em 1996, Romana Petri, regressou aos Açores - onde já havia estado duas vezes - com o objectivo de encontrar aquele rasgo de inspiração que lhe permitisse terminar o livro "Dagoberto Babilonio, Un Destino".

Quis, entretanto, o destino que se apaixonasse pelas gentes e costumes da ilha do Pico, abandonasse o seu trabalho e começasse de imediato a pensar noutras estórias.

Em "A Senhora dos Açores" cruzamo-nos com vários personagens (reais), sendo que João de Freitas assume um papel peculiar, talvez porque é a ele que a escritora dedica este livro.

Cenários portugueses

“A Senhora dos Açores” passa-se no Pico e tem outro romance com a ilha das Flores como cenário, “Um baleeiro dos montes” [editado pela Salamandra em Portugal].

Em “Uma Guerra na Úmbria” há uma passagem em que Alcina ouve de um companheiro de armas a letra do fado “Perseguição”.

Mais recentemente, "Regresso à ilha", apenas lançado em Portugal, retoma os lugares e gentes de "A senhora dos Açores":

Fontes: Cavalo de Ferro / Correio da Manhã (Sofia Rato) / Mundo a tinta da china

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