
A 2 de Maio de 1515, chegou a Lisboa um rinoceronte fêmea [na mesma ocasião do elefante Hanno], um presente dado a D. Manuel I de Portugal por um príncipe indiano. O monarca decide, por sua vez, oferecer o exótico animal – praticamente desconhecido no mundo ocidental – ao Papa Leão X. Quis o destino que o navio que o levava para Roma naufragasse, matando o animal.
No entanto, a breve passagem por Portugal ficou registada em desenho por um português, cujo nome a história não guarda. Foi a gravura do alemão Albrecht Dürer (1471-1528) – um dos maiores artistas do Renascimento – feita com base nesse esboço, que correu mundo. É esta imagem que marca o início da importância da ilustração como um instrumento do conhecimento científico.
Fonte: Revista “Conhecer”, nº 2, Dezembro de 2002
A história deste rinoceronte inspirou o escritor norte-americano Lawrence Norfolk a escrever em 1996 o seu livro “The Pope's Rhinoceros”
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