Encontro de culturas ou uma mostra do que resulta de um encontro entre o mestre da guitarra portuguesa e do baixo norte-americano num resultado misto de fado e jazz.
Carlos Paredes exerce o seu míster na guitarra portuguesa, Charlie Haden no baixo. Os dois foram gravados nos dias 28 e 29 de Janeiro de 1990 no Studio Acousti, em Paris. A produção é de Jean-Philippe Allard e a capa de Jean-Marie Lambert.
Num pequeno texto inserto no disco, Charlie Haden compara Carlos Paredes a Ornette Coleman no que à atitude perante a música diz respeito.
De Haden, apenas o hino "Song for Che". O resto, em temas como "Dança dos camponeses", "Marionetas", "Balada de Coimbra", “Divertimento" ou o incontornável "Verdes anos", saiu da pena e do transe de Paredes.
Haden remete-se a um papel discreto. A improvisação, segundo Paredes, não segue os parâmetros do jazz. É caminho escuro, mas também cravejado de estrelas e cometas. Diante da guitarra ergue-se um espelho. Onde se reflecte o mundo, mas só à sua imagem.
"Song For Che"
"Song For Che" foi dedicado por Charlie Haden, em 1971, no Festival de Jazz de Cascais aos movimentos de libertação da Guiné e Cabo Verde, Angola e Moçambique.
Fontes: Guedelhudos / Nabulabula
Video: Carlos Paredes e Charlie Haden
1 comentário:
Charlie Haden pôde incluiu parte da gravação ao vivo de «Song For Che» no disco Closeness (no tema «For a Free Portugal»)
Ler mais: http://blitz.sapo.pt/1971-no-inicio-era-o-cascais-jazz=f2432#ixzz2cn9upmz5
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