Em "Lisbonne, voyage imaginaire", o traço de Nicolas De Crécy ilustra uma composição de textos (Camões, Voltaire, Alberto Caeiro ou Almada Negreiros) feita por Raphael Meltz.
Protocolo entre o Festival da Amadora e a AFAA
As belíssimas ilustrações de De Crecy foram feitas ao abrigo de um protocolo entre o Festival da Amadora e a AFAA (Association Francaise d'action artistique) que deu ao desenhador a oportunidade de passar um mês em Portugal, recolhendo material para um livro a escrever por Nuno Artur Silva, com edição simultânea prevista para Portugal e França.
A verdade é que, por razões nunca bem explicadas (as versões das diferentes partes estão longe de ser coincidentes...) esse livro, tal como foi inicialmente pensado, nunca chegou a sair, tendo sido convidado o escritor francês Raphael Meltz para escrever as palavras que acompanham as belíssimas imagens de De Crécy.
Viagem Imaginária
Em oposição às pequenas histórias das gentes de Lisboa escritas por Nuno Artur Silva, Meltz optou por uma viagem imaginária, feita a partir dos testemunhos indirectos da inúmera literatura de viagem dedicada à capital portuguesa, onde as (inevitáveis) evocações de Fernando Pessoa dão a caução literária a um texto mais próximo da reportagem da National Geographic do que da ficção de Nuno Artur Silva.
Prova do talento do artista, que evita ao máximo o efeito bilhete postal, as notáveis imagens de um Lisboa despida de gente que De Crecy criou, adaptam-se perfeitamente ao ensaio/reportagem de Meltz.
Fontes: Diário As Beiras; João Miguel Lameiras (em Bedeteca) / Pedro Cleto
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