Marco Aurélio da Silva "Mazzola" (Rio de Janeiro, 25 de abril de 1947) é um dos mais importantes produtores musicais do Brasil, tendo sido o responsável pelo lançamento de artistas como Raul Seixas, Belchior, Marina Lima, Adriana Calcanhotto, Chico César, Zeca Baleiro, entre outros. Trabalhou ainda com nomes como Elis Regina, Gilberto Gil ou Rita Lee.
Principais destaques
Foi, em 1978, um dos promotores da primeira Noite Brasileira do Festival de Montreux, na Suiça, onde levou Gilberto Gil, A Cor do Som e Ivinho. Nesse mesmo ano, produz "Realce" de Gilberto Gil com clássicos como "Realce" e "Não Chores Mais" de Bob Marley.
Colaborou com Paul Simon nas gravações de "The Rhythm of the Saints" de 1990.
Co-produziu, com Phil Ramone, a faixa "The World on a String", de Frank Sinatra, em duo com Liza Minelli. Produziu também duas faixas do CD "Brazil" do Manhattan Transfer (Grammy de melhor disco de 1989).
Colaborou com Quincy Jones no LP gravado ao vivo por Miles Davis em Montreux, em 1994.
Depois de ser director artístico da Warner, da CBS e da Sony funda em 1995 a sua própria etiqueta, MZA, onde revela novos valores como Chico César, Zeca Baleiro ou Rita Ribeiro.
Trabalha com a Banda Eva e no primeiro álbum a solo de Ivete Sangalo ("Canibal" de 1999).
Em 2005, foi homenageado, durante a Noite Brasileira do Festival de Montreux, por seus 30 anos de produção musical. Nesse mesmo ano, lançou o CD duplo "MPBZ 30 Anos, 30 Sucessos" contendo gravações originais que produziu ao longo da sua actividade de produtor musical.
Em 2007 é lançada a autobiografia "Ouvindo Estrelas" onde conta histórias de bastidores e sua relação com artistas com quem trabalhou, bem como dos seus antecendentes familiares que tem uma forte ligação a Albergaria-a-Velha (terra da sua família paterna).
"Ouvindo Estrelas" (autobiografia)
Meu pai, Carlos da Silva Ferreira, teve um começo de vida bastante curioso. Seus pais eram portugueses, que trabalhavam no Brasil — o pai, como mordomo, e a mãe, como arrumadeira.
Quando meu pai nasceu, começou a atrapalhar a rotina exaustiva de tarefas que seus pais precisavam cumprir — ainda mais por que meu avô não tinha o menor jeito nem paciência com criança.
Assim, com seis ou oito meses, decidiram levá-lo para Portugal, para ser criado pelos meus bisavós paternos, na "aldeia" de Albergaria-a-Velha, perto de Aveiro.
Somente quando ele tinha 13 ou 14 anos, seus pais voltaram a viver em Portugal. (...) Esse meu avô era um homem rude, algo brutal até, e mal-humorado. (...)
Em Portugal, a vida era muito difícil, não havia trabalho para ninguém e foi por isso que meu pai [já casado e pai de dois filhos - Marco nasceria já no Brasil] resolveu vir para o Brasil [no decurso da 2ª Guerra Mundial].
Como tinha vários parentes no Rio de Janeiro, pediu que um dos tios lhe mandasse uma Carta de Chamada, um documento que representava o compromisso de alguém que convidava uma pessoa para vir para o Brasil, garantindo-lhe residência fixa e trabalho.
Extractos do livro
Fontes: wikipédia; Autobiografia
Ligação: Blog de Albergaria
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