Étienne Schréder é belga, e este é o seu primeiro álbum de banda desenhada, tendo escolhido a cidade de Coimbra como local de acção, e o século XVIII como época (mais propriamente o ano de 1774).
Tudo está "rodeado" de grande fantasia, com a criação de um jovem príncipe obcecado com a construção de uma soberba ponte sobre o rio Mondego, e dado, ainda a ciências ocultas, esotéricas, possuidor de alguns maquinismos estranhos, que acabam por destruir as obras da ponte.
É difícil ao leitor acompanhar o fio complicado da história, bastante sibilina.
Os desenhos têm qualidade artística, embora não ajudem a entender correctamente o enredo. Acrescente-se que, de facto, o Universidade Coimbrã possui uma série de maquinismos setecentistas únicos no mundo.
Sinopse
Que segredo esconde esta imagem deformada, esta anamorfose que Roland Buisen estuda em vão desde há meses? Quem é o personagem representado?
As investigações de Buisen levam-no até ao Gabinete de Física da Universidade de Coimbra, a essas salas esquecidas onde a ciência do Século das Luzes se confunde com as lendas de outros tempos.
É graças a este misterioso retrato que Roland Buisen vai desvendar a história de um jovem príncipe de saúde débil e de um perceptor demasiado preocupado em protegê-lo, a história das máquinas construídas para uso exclusivo da criança e da ponte com que não cessa de sonhar...
Departamento de Física
Nas escadarias do Departamento de Física encontra-se uma réplica ampliada de uma anamorfose piramidal. Para conseguir visionar a imagem que resulta da união das quatro figuras é necessário descobrir o degrau correcto, que depende da altura do observador, de forma a que este alinhe a sua visão com o vértice da pirâmide de espelhos.
As anamorfoses do Museu de Física estiveram presentes na exposição "Os Mecanismos do Génio", realizada no Palais des Beaux-Arts de Charleroi em 1991.
Por ocasião desse evento, Étienne Schréder publicou a primeira edição de O Segredo de Coimbra, um livro de banda desenhada cujo enredo se baseia nos mistérios das anamorfoses
Fontes: ci.uc, Gulbenkian, Máquina especulativa
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