segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
“Lejos de Lisboa” de Pasión Vega (2003)
Apesar de Portugal ser em Espanha um vazio, existe uma minoria informada, que não só se interessa, como aprecia o ignorado vizinho. Para alguma elite é mesmo um distintivo de bom gosto.
Na cultura portuguesa encontram figuras e ambientes que promovem nos media e alguns encontram fontes de inspiração artística. É o caso de Pasión Vega que, no seu álbum “Banderas de nadie”, apresenta "Lejos de Lisboa", um tema alusivo a Lisboa, com laivos de toada fadista.
“Lejos de Lisboa”
A música foi composta por Ernesto Halffter (1905-1989) para uma letra popular portuguesa (anónima), com o título original “Ai, qué linda moça”.
Após Paco Gordillo, agente de Pasión, ter assistido à interpretação de “Lejos de Lisboa” pela soprano María Bayo, decidiram contactar a família de Halffter a demonstrar o interesse pelo tema, tendo sido feita a adaptação para castelhano, mantendo-se o título original.
“Ai, qué linda moça” foi uma das seis canções portuguesas baseadas em textos populares (de 1940-41), que foram gravadas, em 1999, na sua versão em português pela soprano María José Montiel, acompanhado ao piano por Miguel Zanetti.
Fontes: Edmundo Tavares, Carles Garcia
Video
Letra
La melancolía de calles perdidas que huelen a mares,
gente que camina y luces de luna de barcos que parten.
Si cierro los ojos puedo ver las calles por donde anduvimos
y escuchar canciones que hablan del destino que nunca tuvimos.
Poemas del aire vendrán hasta aquí
lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
Lejos de Lisboa y lejos de ti.
La ropa tendida al sol de la tarde, banderas de nadie;
Las calles en cuesta que suben a un cielo de azules que arden.
Plazas con palomas, puestos de claveles y de rosas blancas,
la ciudad antigua guarda la memoria de un tiempo que escapa.
Poemas del aire vendrán hasta aquí
lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
Lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
lejos de Lisboa y lejos de ti.
(Popular portuguesa/Versão espanhola: Pablo Guerrero/Música: Ernesto Halffter) Editions Max Eschig, París
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1 comentário:
É, de facto uma grande canção sobre Lisboa. Vindo de uma espanhola (de Espanha nem bom vento nem bom casamento, dizemos nós em Portugal) ainda a torna mais bonita.
MMestre
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