quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Vestígios da presença portuguesa em Roma
A RTP produziu um documentário sobre “Os Vestígios da presença portuguesa em Roma” da autoria de Anabela Saint Maurice com imagem de Fernando Rocha e montagem de Isidro Rocha.
Protecção Papal
À data da fundação do reino de Portugal, o soberano prestou juramento de vassalagem à Santa Sé, oferecendo toda a terra portucalense e quatro onças de ouro anuais, em troca da protecção do papa.
Por altura dos Descobrimentos, os monarcas portugueses procuraram o apoio de Roma para a resolução de conflitos políticos e comerciais com os vizinhos castelhanos.
Hanno (Anone ou Annone)
Em 1514, D. Manuel I enviou uma extraordinária missão de obediência a Leão X, oferecendo-lhe, entre outras coisas, um elefante branco do Ceilão. O animal causou grande impacto na cidade onde, desde a Antiguidade, não eram observadas "feras" daquela dimensão.
O elefante Hanno viveu cerca de três anos nos jardins do Vaticano, tendo, com as suas habilidades, cativado o Papa e os artistas de Roma.
O animal foi desenhado por Rafael e por Giulio Romano e inspirou uma das belas fontes da "Villa Madama", um palácio renascentista de que os Médicis dispunham nos arredores da cidade.
Bolsistas
A partir da segunda metade do século XVI e até ao século XIX, Roma será, para os portugueses, o principal apoio cultural da Europa. Artistas como Vieira Lusitano, Vieira Portuense e Domingos Sequeira serão bolsistas em Roma.
Resumo
O que há de português em Roma? Vestígios da embaixada do elefante, as capelas de grande valor artístico onde estão sepultados alguns dos mais importantes cardeais portugueses (+), estátuas evocando santos relacionados com a história de Portugal, como é o caso da Colunata que inclui estátuas da Rainha Santa Isabel, S. António, S. Vicente e S. Francisco.
E, principalmente, o Instituto de Santo António dos Portugueses, fundado em 1440 para dar apoio a peregrinos e doentes e que agora, cinco séculos depois, é uma das poucas instituições portuguesas que, em Itália, se preocupa em manter viva a ligação cultural e religiosa entre Lisboa e Roma.
Outras curiosidades
- Estátua de D. Antão de Chaves na Capela de São João Letrão
- Capela de Gabriel da Fonseca – médico que viveu em Roma, médico de Inocêncio X
- Havia um arco de Portugal
- Existiu uma Academia de Portugal (no tempo de D. João V)
- Capela de Santa Eugénia possui uma Nossa Senhora de Fátima da autoria de Leopoldo de Almeida
Fonte: RTP (ano 2000)
(+) É de realçar o túmulo do Cardeal de Alpedrinha (Jorge Costa / Jorge Lusitano) que morreu aos 102 anos e está sepultado em Roma
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
No site Lusotopia encontram-se as seguintes informações:
Em diversas Igrejas de Roma podem admirar-se obras de ilustres cardeais portugueses: Túmulo de Dom Antão Martins de Chaves, na Basílica de São João de Latrão; O tumulo do cardeal D. Jorge Costa, o alpedrinha, na Igreja de Santa Maria do Populo (Chiesa di santa maria del popolo); O túmulo do cardeal D. Pedro Fonseca nas catacumbas do Vaticano; etc.
Nesta cidade, entre os monumentos funerários de portugueses são ainda de destacar no século XVII duas capelas: a Capela Fonseca, na Igreja de S. Lourenzo in Luciano, executada por Bernini (Gabriel da Fonseca foi médico do Papa Inocêncio X); Capela da Sylva, na Igreja de Santo Isidoro, também feita por Bernini (Rodrigo Lopes da Silva, cavaleiro de Santiago e a sua mulher Beatriz da Silveira -Condessa da Silva mandaram construir esta capela para eles e os seus descendentes, trata-se de uma familia de ricos cristãos-novos).
Link: http://lusotopia.no.sapo.pt/indexOP01Italia.html
Em Itália uma pessoa que entra num recinto sem pagar é um "portoghese" ou mais correctamente "fare le portuguese"
Pensei que tal expressão tivesse origem num conterrâneo nosso que fosse mais habilidoso, mas descobri no wikipedia a seguinte história
http://it.wikipedia.org/wiki/ Far...e_il_portoghese
O Embaixador português junto da Santa Sé convidou os portugueses residentes em Roma para assistir gratuitamente a um espectáculo teatral e assim ficámos com essa "fama"
Em Iroquois (língua nativa dos EUA) negro (no sentido de homem de côr) diz-se portuguese.
Crêem os historiadores que tal sucede devido ao facto de um dos primeiros exploradores franceses que aqui vieram (Samuel de Champlain), no fim do século XVI, trazia com ele um intérprete que dava pelo nome de Mateus da Costa, português, que terá sido o primeiro preto que os índios alguma vez viram.
Fonte: Gil da Mealhada (em cromos dos cromos)
http://cromodoscromos.blogspot.com/2009/04/cromo-n-909-fischer.html
Referência a esta mensagem e a este blog em
http://viadeiportoghesi.blogspot.com/2009/04/blog-portugal-atraves-do-mundo.html
Navegando distraidamente na internet, deparámo-nos com o blog "Portugal através do Mundo", espaço de grande interesse onde foi publicado, em Novembro último, um artigo intitulado "Vestígios da presença portuguesa em Roma".
http://portugal-mundo.blogspot.com/2008/11/vestgios-da-presena-portuguesa-em-roma.html
Felicitamos os autores e aconselhamos os nossos leitores a visitarem este espaço que fala de Portugal pelo mundo fora...
Enviar um comentário