
Originário de Olivença, município da Extremadura cuja soberania espanhola Portugal nunca reconheceu oficialmente, o grupo Acetre é um exemplo de como a música deve servir mais para unir do que para separar.
Criado em 1976, é um dos projectos mais consistentes da folk espanhola, assumindo um repertório bi-cultural que encontra na fronteira em que se situa não um muro mas um território de encontro.
Nos concertos de Acetre ouvimos perantones, pindongos, tonadas festivas e alboradas extremenhas, mas também fados e corridinhos portugueses, trabalhados em arranjos com influências de outras músicas do mundo.
O seu sétimo e mais recente disco, “Dehesario” (2007), é um dos melhores da sua carreira. Apresenta canções em castelhano e português, destacando-se quer a suavidade do pano instrumental tecido pelos nove músicos, dirigidos por Jose Tomás Sousa, quer a beleza das vozes femininas, Raquel Sandes e Ana Márquez.
Língua portuguesa em Olivença
Apesar de a língua de Camões estar presente nas escolas de Olivença, Raquel Sandes, cantora e instrumentista do grupo de música folk Acetre, acha que se pode fazer muito mais. "Temos uma escola pública a leccionar a língua portuguesa como obrigatória, mas queremos que passe a fazer parte dos currículos das escolas. Não faz sentido que seja considerada a segunda língua estrangeira", frisa.
Fontes: FMM / wikiextremadura / Além Guadiana / Acetre
Colaboração: Célio Donato (Brasil)
Videos: "Verde gaio brejeiro", "Fado Corridiño"
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