segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

"Amantes do Tejo" de Henri Verneuil (1955)

Amália Rodrigues canta o célebre “Barco Negro”, mas esse é apenas um dos factores que torna este filme muito especial para os lisboetas, e não só.

Podemos apreciar, com algum pormenor, a Lisboa desse tempo, sem ponte, sem Cristo-Rei na outra Banda, mas com sinaleiros, pregões populares, varinas, empregados de mesa fardados, ardinas, engraxadores e Salazar, cujos serviços de Censura cortaram quase 20% do filme, depois de terem proibido a exibição em Portugal.

Há ainda uma espectacular guitarrada pelo Mestre Jaime Santos, o Rossio com eléctricos, a Bica típica, o porto de Lisboa com movimento intenso de navios, os velhos táxis, as arcadas da Praça do Comércio, o Terreiro do Paço com o Cais das Colunas limpo de quaisquer tapumes…


O filme foi protagonizado por dois excelentes actores, o francês Daniel Gélin (1921-2002) e o inglês Trevor Howard (1913-1988), que acompanham Françoise Arnoul (n. 1931). A realização é de Henri Verneuil.

A história é fraquinha, quase inverossímil, mas o interesse do filme, para nós, hoje em dia, não reside aí.

Poucos filmes portugueses da época mostraram a cidade como este filme francês.

Fonte/Mais informações: José Quintela Soares / kebekmac

O filme foi adaptado da obra homónima de Joseph Kessel, romancista francês nascido na Argentina.


Sinopse

É uma história de amor passada no fim da guerra. Um motorista de praça (Daniel Gélin), foragido do seu país, estabelece [em Lisboa] uma relação amorosa com uma mulher inglesa (Françoise Arnoul) capaz de suportar todos os perigos e sacrifícios por amor.



Video: "The art of Amalia"

Imagens disponibilizadas no youtube por C4pt0m3nt3 

Igrejas Caeiro, Amália e Daniel Gélin



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