Podemos apreciar, com algum pormenor, a Lisboa desse tempo, sem ponte, sem Cristo-Rei na outra Banda, mas com sinaleiros, pregões populares, varinas, empregados de mesa fardados, ardinas, engraxadores e Salazar, cujos serviços de Censura cortaram quase 20% do filme, depois de terem proibido a exibição em Portugal.
Há ainda uma espectacular guitarrada pelo Mestre Jaime Santos, o Rossio com eléctricos, a Bica típica, o porto de Lisboa com movimento intenso de navios, os velhos táxis, as arcadas da Praça do Comércio, o Terreiro do Paço com o Cais das Colunas limpo de quaisquer tapumes…
O filme foi protagonizado por dois excelentes actores, o francês Daniel Gélin (1921-2002) e o inglês Trevor Howard (1913-1988), que acompanham Françoise Arnoul (n. 1931). A realização é de Henri Verneuil.
A história é fraquinha, quase inverossímil, mas o interesse do filme, para nós, hoje em dia, não reside aí.
Poucos filmes portugueses da época mostraram a cidade como este filme francês.
Fonte/Mais informações: José Quintela Soares / kebekmac
O filme foi adaptado da obra homónima de Joseph Kessel, romancista francês nascido na Argentina.
Sinopse
É uma história de amor passada no fim da guerra. Um motorista de praça (Daniel Gélin), foragido do seu país, estabelece [em Lisboa] uma relação amorosa com uma mulher inglesa (Françoise Arnoul) capaz de suportar todos os perigos e sacrifícios por amor.
Video: "The art of Amalia"
Imagens disponibilizadas no youtube por C4pt0m3nt3
Igrejas Caeiro, Amália e Daniel Gélin |
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