Até aos anos 80, houve aquém-Minho um rancor que se foi dissolvendo graças a visões frívolas de grupos de rock de Vigo, como Siniestro Total, com o álbum “Menos mal que nos queda Portugal” (2015), ou Os Resentidos, que proclamavam “Vigo, capital Lisboa” (2014).
Essas duas afirmações, proclamadas com inconsciência, tinham por fundo o despertar da consciência da Galiza como nação e, por mor desse despertar, o olhar invejoso em relação a Portugal. Portugal país era visto naquela altura como o que a Galiza poderia ter sido, tivéssemos nós [galegos] a nossa Aljubarrota contra Castela.
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Assim, quando uma parte dos galegos começou a ver-se como cidadãos de uma nação sem Estado, encontrou em Portugal essa nação que eles poderiam ser. Isso conduziu a que na actualidade haja grande interesse na Galiza pelo português (...)
Fonte: "Siamesas Separadas", texto de Santiago Jaureguizar (adaptado)
Ao contrário dos grupos mais comerciais da movida viguesa (Golpes Bajos, Siniestro Total, Semen-Up), os Resentidos cantavam em galego e faziam uma música sem pretensões comerciais. Em todo o caso, estão a milhas de um alinhamento com o folk. Embora utilizem múltiplas das suas referências, fazem-no em favor de uma estética punk.
Fonte: Perro Callejero
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