
Apesar de Portugal ser em Espanha um vazio, existe uma minoria informada, que não só se interessa, como aprecia o ignorado vizinho. Para alguma elite é mesmo um distintivo de bom gosto.
Na cultura portuguesa encontram figuras e ambientes que promovem nos media e alguns encontram fontes de inspiração artística. É o caso de Pasión Vega que, no seu álbum “Banderas de nadie”, apresenta "Lejos de Lisboa", um tema alusivo a Lisboa, com laivos de toada fadista.
“Lejos de Lisboa”
A música foi composta por Ernesto Halffter (1905-1989) para uma letra popular portuguesa (anónima), com o título original “Ai, qué linda moça”.
Após Paco Gordillo, agente de Pasión, ter assistido à interpretação de “Lejos de Lisboa” pela soprano María Bayo, decidiram contactar a família de Halffter a demonstrar o interesse pelo tema, tendo sido feita a adaptação para castelhano, mantendo-se o título original.
“Ai, qué linda moça” foi uma das seis canções portuguesas baseadas em textos populares (de 1940-41), que foram gravadas, em 1999, na sua versão em português pela soprano María José Montiel, acompanhado ao piano por Miguel Zanetti.
Fontes: Edmundo Tavares, Carles Garcia
Video
Letra
La melancolía de calles perdidas que huelen a mares,
gente que camina y luces de luna de barcos que parten.
Si cierro los ojos puedo ver las calles por donde anduvimos
y escuchar canciones que hablan del destino que nunca tuvimos.
Poemas del aire vendrán hasta aquí
lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
Lejos de Lisboa y lejos de ti.
La ropa tendida al sol de la tarde, banderas de nadie;
Las calles en cuesta que suben a un cielo de azules que arden.
Plazas con palomas, puestos de claveles y de rosas blancas,
la ciudad antigua guarda la memoria de un tiempo que escapa.
Poemas del aire vendrán hasta aquí
lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
Lejos de Lisboa y lejos de ti.
Amor recordado, tristeza sin fin,
lejos de Lisboa y lejos de ti.
(Popular portuguesa/Versão espanhola: Pablo Guerrero/Música: Ernesto Halffter) Editions Max Eschig, París
É, de facto uma grande canção sobre Lisboa. Vindo de uma espanhola (de Espanha nem bom vento nem bom casamento, dizemos nós em Portugal) ainda a torna mais bonita.
ResponderEliminarMMestre